Depois
de negociar com o banco durante dois anos, sem organizar e mobilizar o
funcionalismo do BB para exercer a legítima pressão por seus interesses,
as entidades ditas “representativas”, acordam uma proposta que mais uma
vez onera os bancários e alivia o banqueiro.
Não
podemos aceitar que a nossa CASSI, que tem mais de setenta anos de
existência e superou muitas crises, chegue a uma situação financeira
negativa e não se apure responsabilidades. Onde estavam os gestores que
não planejaram e não administraram de forma a evitar tal situação? Esse
desastre não aconteceu de uma hora para outra.
Como
sempre querem aplicar a solução mais fácil, meter a mão no bolso do
associado e aliviar a responsabilidade do empregador. Já fizeram isso
outras vezes e o resultado foi esse que chegamos agora, o agravamento da
situação financeira da CASSI.
O aporte de 23
milhões a ser feito pelo banco, caso seja aprovada essa proposta, não
corresponde nem a proporção definida no atual estatuto, de uma vez e
meia o valor do nosso, que será de 17 milhões.
Aceitar
essa proposta significa mais um duro golpe contra nossa caixa de
assistência, não vai resolver o déficit financeiro e pode resultar, a
médio prazo, na transformação da CASSI em mais um plano de saúde de
mercado, cobrando valores absurdos dos seus associados.
São
os responsáveis pelo rombo que tentam nos chantagear, dizendo que a
CASSI vai quebrar se o sim for derrotado. Vamos repudiar o bloco
chantagista, votar não, fazer uma grande campanha e exigir uma
negociação efetiva, onde o banco cumpra sua responsabilidade com a
sustentação da CASSI.
Ney Nunes
Delegado Sindical Ag. Cinelândia, RJ.
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