Na última quinta-feira (27/10) a Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB) se posicionou em relação à PEC que limita os gastos
públicos. Segundo os bispos brasileiros:
“ A PEC 241 é injusta e seletiva. Ela elege para pagar a conta
do descontrole de gastos, os trabalhadores e os pobres, ou seja, aqueles
que mais precisam do Estado para que seus direitos constitucionais
sejam garantidos. Além disso beneficia os detentores do capital
financeiro, quando não coloca teto para pagamento de juros, não taxa
grandes fortunas e não propõe auditar a dívida pública.”
A dura advertência da CNBB, que evidentemente não foi divulgada pela
grande mídia golpista, mostra a que ponto chegamos sendo administrados
por pessoas que não são brasileiros. Mostra, mais uma vez, que estamos
sendo administrados por colonizadores, que estão aí só para explorar o
Brasil e seu povo.
Além do que é levantado pela CNBB, antes de se falar em conter gastos
em saúde e educação, muitos outros aspectos relevantes deveriam ser
observados e sofrer alterações como por exemplo:
- A alíquota máxima do IR para pessoas físicas no Brasil de 27,5% é uma das menores do mundo. Muitos estrangeiros que tem visto permanente no Brasil optam por pagar IR aqui, pois nos seus países de origem as alíquotas atingem 40/50%. Perguntem ao Ministro da Fazenda Henrique Meireles, que tem cidadania americana, onde ele prefere pagar seu imposto de renda?
- Dividendos auferidos por proprietários de empresas no Brasil estão isentos de impostos, isto só acontece por aqui.
- As empresas brasileiras podem lançar como despesa os “juros sobre capital próprio” pagos aos acionistas, o que é mais um artifício “jabuticaba” (só existe no Brasil).
A CNBB também esclarece:
“É possível reverter o caminho de aprovação desta PEC, que
precisa ser debatida de forma ampla e democrática. A mobilização popular
e a sociedade civil organizada são fundamentais para superação da crise
econômica e política. Pesa, neste momento, sobre o Senado Federal, a
responsabilidade de dialogar amplamente com a sociedade a respeito das
consequências da PEC 241”.
É claro que em qualquer país sério do mundo, um assunto desta
relevância, seria amplamente discutido com toda a sociedade, com muitas
audiências públicas e grande divulgação. Mas não acredito que isto venha
a ocorrer por aqui, pois nossos “colonizadores” querem queimar etapas e
impor todo o ônus ao povo trabalhador brasileiro, sem muita discussão. O
Senado que temos hoje está unido ao governo Temer com um principal
objetivo que é “estancar a sangria” da “Lava Jato”, sendo que o STF está
sob controle, como disse o senador Jucá.
Mas por outro lado vemos com muita alegria e satisfação este
movimento “ocupa tudo”, que surgiu de forma espontânea entre estudantes
secundaristas e universitários, contestando os desmandos do governo.
Felizmente podemos dizer que ainda há esperança para o futuro do Brasil.
Fonte:http://www.ocafezinho.com
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