PCB-RR

quarta-feira, 27 de maio de 2020

domingo, 24 de maio de 2020

Paulo Guedes Prepara a Entrega do BB aos Bancos Privados.

    Dirigentes sindicais bancários da Unidade Classista, em carta enviada a senadores da Comissão de Assuntos Econômicos(CAE), pleiteiam a convocação do Ministro da Economia Paulo Guedes, em virtude das suas atitudes e declarações visando desvalorizar o Banco do Brasil para entregar-lo de bandeja aos bancos privados. A carta foi enviada por email, no dia 19/05, aos seguintes senadores membros da CAE: Randolfe Rodrigues (REDE/AP);  Jorge Kajuru (CIDADANIA/GO); Rogério Carvalho (PT/SE); Paulo Paim (PT/RS).
Paulo Guedes, um abutre com as garras no BB.
Abaixo a integra do documento enviado aos senadores.

Rio de Janeiro, 19 de maio de 2020.

Ao

Exmo. Senador

     Como é do seu conhecimento, o governo do Presidente Jair Messias Bolsonaro está empenhado no enfraquecimento das nossas empresas estatais, com o objetivo de entregá-las ao mercado da forma mais vantajosa possível para os seus compradores. Nessa tarefa, tem destacado papel o Ministro da Economia, o senhor Paulo Guedes. Esse ministro não tem poupado esforços nesse sentido, chegando ao ponto de afirmar em reunião ministerial, tornada pública após as denúncias do ex-ministro Sergio Moro, de que “é preciso vender logo a porra do BB”.
     Essa frase do senhor Paulo Guedes é o corolário de uma série de ações e atitudes dele a frente da pasta da economia. Começando pela indicação dos gestores para o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal de nomes oriundos e intimamente vinculados aos interesses dos bancos privados. A afirmação chula desse ministro configura-se como gestão temerária do patrimônio público sob sua responsabilidade, por força do cargo que ocupa. A intenção manifesta é desvalorizar o banco público, facilitando sua entrega ao já oligopolizado mercado bancário privado brasileiro.
    Os prepostos do governo Bolsonaro da direção do BB executaram um plano que resultou no fechamento de centenas de agências, desmonte da estrutura de negócios e atendimento, incremento da terceirização, redução de pessoal e ataques sem precedentes aos direitos do funcionalismo. Faz parte desse plano a entrega da BB DTVM (eleita pela revista Exame a melhor gestora de fundos de renda fixa do Brasil) para os abutres do mercado financeiro. Essas ações têm um objetivo claro, visam preparar o golpe de misericórdia, ou seja, a privatização do que sobrar do Banco do Brasil.
      Diante da gravidade dos fatos, solicitamos ao Excelentíssimo Senador, como membro titular da Comissão de Assuntos Econômicos, a inciativa de convocação do senhor Paulo Guedes para prestar informações sobe suas declarações e determinações aos gestores do Banco do Brasil.

Atenciosamente

Eudo Raffael Lima – Presidente do Sindicato dos Bancários do Acre.

Ney Nunes – Diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.



https://blogs.oglobo.globo.com/bela-megale/post/em-reuniao-de-ministros-citada-por-moro-paulo-guedes-afirmou-que-precisamos-vender-p-do-banco-do-brasil.html

https://exame.com/negocios/um-dia-a-privatizacao-do-bb-se-tornara-inevitavel-afirma-rubem-novaes/

https://www.moneytimes.com.br/bbdtvm-maior-gestora-de-fundos-de-investimentos-do-pais-sera-privatizada/



terça-feira, 19 de maio de 2020

Brasil: a matemática do genocídio

A EXPERIÊNCIA HISTÓRICA E A MATEMÁTICA DO GENOCÍDIO

Por trás da aparente loucura do comportamento negacionista do Presidente Bolsonaro quanto à gravidade da pandemia de Covid 19, há uma lógica eugenista e genocida absolutamente coerente. Mais de uma vez, porta-vozes do fascismo bolsonarista – e agora, com o “auxílio luxuoso” do ultraliberal assassino social Paulo Guedes – propõem a liberação total da circulação de pessoas e a abertura total dos negócios; Guedes chega a defender publicamente o “direito do cidadão circular e se infectar”, desprezando o fato de que cada pessoa infectada pelo vírus contamina em média outras duas, e assim sucessivamente, caracterizando o crescimento exponencial da contaminação.
No fundo, o que esses genocidas defendem é a estratégia denominada de “imunização de rebanho”. Explicando resumidamente, por essa estratégia quando mais de metade da população estiver infectada a transmissão decai exponencialmente, pois a maioria das pessoas estará imunizada.
O Brasil já teve uma experiência histórica de “enfrentamento” de pandemia por imunização de rebanho: a epidemia de gripe espanhola no Rio de janeiro em 1918. É necessário destacar, porém, que não foi uma “estratégia deliberada”: foi a imposição da realidade frente a uma cidade insalubre, numa época em que o Brasil nem tinha Ministério da Saúde muito menos serviço de saúde pública desenvolvido e que não se conhecia sequenciamento de DNA nem testes de infecção viral.
Entretanto, esse é o exemplo que a extrema-direita bolsonarista agora quer tentar copiar. A última fake new da direita genocida mostra uma foto de gente aglomerada de máscaras em um estádio de futebol, supostamente no Rio durante a pandemia de gripe espanhola de 1918, sugerindo que, se não teve isolamento social naquela época, também não deveria ter agora.
O que eles não assumem é a consequência da quantidade de mortes dessa estratégia. Apenas uma simples conta desmascara a mentira genocida desse bando de nazistas.
No surto de gripe espanhola em 1918 no Rio foram 14.350 mortes em 3 meses para uma população à época de 910 mil pessoas – ou seja, 1,58% da população faleceu. Numa regra de três simples, se repetíssemos aquele padrão percentual nos dias de hoje, com a população atual no Rio estimada em 6 milhões e setecentos mil habitantes, teríamos só na cidade do Rio em três meses mais de 105 mil óbitos; se projetarmos a mesma percentagem para a população brasileira, isso resulta em 3 MILHÕES DE MORTES.
Como eles são canalhas mas não são ignorantes em matemática, a conclusão é que esse é o tamanho da mortandade que esses nazistas genocidas estão propondo. A lógica hedionda por trás dessa aparente loucura é nada mais, nada menos, do que a EUGENIA tipicamente NAZISTA: “os fortes sobreviverão; os fracos que morram”. Para os “fortes”, “é só uma gripezinha”; para os fracos, a morte – “e daí?”
A adesão pública e explícita do ultraliberal Guedes e da “ala militar” a essa política genocida sepulta todas as expectativas de uma saída tranquila, suave e negociada desse bando de sacripantas do governo. É necessário unir os trabalhadores, a esquerda e todos os progressistas e democratas num amplo movimento que arranque a anulação das eleições fraudadas de 2018 (consigna que, depois da “bomba atômica” das revelações de Paulo Marinho, passou a ser defendida até por setores da direita) e a deposição desta corja de genocidas e vende-pátrias.
FORA BOLSONARO E MOURÃO!

PELO PODER POPULAR!

Carlos Arthur Newlands (Boné)
Diretor do Sindicato dos Bancários/RJ
Secretário de Agitação e Propaganda do Comitê Regional do PCB-RJ

Fonte: pcb.org.br