PCB-RR

quarta-feira, 25 de março de 2020

Na frente do Alvorada, Bolsonaro ataca governadores, ameaça golpe e lança o país no caos

Na manhã seguinte ao pronunciamento que chocou o país, Jair Bolsonaro falou aos jornalistas na porta do Palácio do Alvorada e confrontou os governadores: "ação dos governadores é um crime". Insinuou que prepara um golpe de Estado e mandou a população sair de casa e o comércio abrir. "Ficar em casa é atitude de covarde", disse.

Jair Bolsonaro falou aos jornalistas na porta do Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira (25) e confrontou os governadores, que tem adotado medidas restritivas de circulação de pessoas: "a ação dos governadores é um crime". 

Bolsonaro também chamou especificamente as ações dos governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), de "demagogas".
Ele insinuou que a esquerda prepara um golpe de Estado e argumentou que, para contornar tal situação, o Brasil precisa "voltar à produção econômica".
Dobrando a aposta do pronunciamento feito na noite desta segunda-feira (24), Bolsonaro mandou a população sair de casa e também a imediata reabertura do c omércio. "Ficar em casa é atitude de covarde", disse. 
Bolsonaro também comparou o coronavírus com uma chuva. "Temos que enfrentá-la, com ou sem guarda-chuva". 
O ocupante do Planalto disse que, ao propor a reabertura do comércio, segue o modelo do presidente dos EUA, Donald Trump. No entanto, Trump defende abrir o comércio do país somente após a páscoa. 

Britney Spears é chamada de 'comunista' após pedir greves e distribuição de renda

Britney Spears foi a última celebridade a ser chamada de "comunista" nas redes sociais. Conhecida por hits como "Toxic", a cantora de 38 anos compartilhou no Instagram uma mensagem da escritora Mimi Zhu que pedia por greves e fazia um apelo pela distribuição de renda diante das consequências do coronavírus.

"Durante este período de isolamento, precisamos de conexão mais do que nunca. Ligue para as pessoas amadas, escreva cartas de amor virtuais.Tecnologias como comunicação virtual, streaming e broadcasting são parte da nossa colaboração comunitária. Nós vamos aprender a amar e abraçar uns aos outros pelas ondas da internet. Nós vamos alimentar uns aos outros, redistribuir riquezas, fazer greves. Nós vamos entender a própria importância de continuar no lugar em que estamos. A comunhão se move para além de muros. Nós ainda podemos ficar juntos."

Nos comentários à postagem, não faltou quem chamasse Britney de "camarada Spears". Rede de televisão associada à direita, a FOX News repercutiu o assunto e foi mais longe ainda: especulou se os emojis de florzinha vermelha usados pela cantora não seriam uma referência ao símbolo usado por partidos socialistas.
No Twitter, Zhu comentou o endosso de Britney a suas palavras: "No fim das contas, é muito engraçado e doce, e estou feliz que meu trabalho a tenha comovido porque ela me comoveu muito quando eu estava crescendo — camarada Britney é um ícone e estou feliz que tenhamos nos conectado no meio dessa avalanche".

terça-feira, 24 de março de 2020

BOLSONARO QUER NOS MATAR, É HORA DE REAGIR E PARAR A PRODUÇÃO!

Nota da Unidade Classista sobre a MP 927/2020
Como se não bastassem todos os ataques já promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro desde os seus os primeiros dias contra os direitos trabalhistas e previdenciários, desta vez em meio a gravíssima propagação da pandemia de Coronavírus que atingirá principalmente os setores mais explorados da classe trabalhadora, ao editar a Medida Provisória 927/2020 este governo passou de todos os limites.
Sem nenhum escrúpulo, essa MP criminosa prevê:
  • Redução de 25% do salário, sem redução da jornada de trabalho (art. 1º)
  • Deixa a critério do patrão a regulamenta do trabalho em casa (art. 4º)
  • Suspensão dos exames médicos ocupacionais (art. 15)
  • Suspensão do contrato de trabalho por por até 4 meses (art. 18)
  • Liberação dos patrões de pagarem o FGTS dos funcionários (art. 19)
  • Suspensão dos processos trabalhistas (art. 28)
  • Liberação da responsabilidade dos patrões no caso de algum trabalhador se infectar com o COVID-19 na empresa (art. 29)
  • Liberação das fiscalizações trabalhistas nas empresas (art. 31)
Ficam escancaradas as prioridades deste governo, que não pretende combater o vírus e garantir a saúde da população, mas garantir os lucros dos empresários.
Autorizar os patrões a não pagarem salários e o fundo de garantia dos trabalhadores e reduzir salário sem reduzir jornada são ataques que nunca tínhamos visto na história da luta de classes no Brasil.
Além disso, na concepção deste governo, quarentena virou férias, pois a MP autoriza os patrões a agendarem férias coletivas ou individuais de acordo com os critérios que quiserem. Na prática, retiram o direito do trabalhador ao descanso e ao lazer.
A MP também prevê que os feriados sejam adiantados para contar no período de quarentena e que as horas em que seremos obrigados a ficar em casa por razões de saúde pública deverão ser repostas.
Desta forma o governo Bolsonaro mais uma vez demonstra que o fundo público, mantido com nosso dinheiro, enquanto estiver sendo regido por eles estará a serviço dos empresários. A lógica de Bolsonaro, Mourão e Guedes é tirar dos que tem menos para doar aos que tem mais. Preferem ver famílias inteiras largadas à míngua, que verem uma Ferrari a menos na garagem dos patrões.
A Unidade Classista orienta seus militantes e os trabalhadores de todos os setores, que ainda estão trabalhando normalmente, que imediatamente se organizem, em seus locais de trabalho e junto aos seus sindicatos, para exigir a interrupção de suas atividades, com a manutenção de seus salários integrais, direitos e garantias, e caso não haja resposta positiva, proponham, ao conjunto dos trabalhadores, a deflagração de denúncias e greves.
Já os trabalhadores que estão na linha de frente deste combate que utilizem e exijam os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e mobilizem-se contra os patrões e governos que ainda não providenciaram estes equipamentos.
Só a luta organizada salvará nossos salários, direitos e nossas vidas!
Reivindicamos:
• Revogação imediata da MP 927/2020;

• Revogação imediata da emenda constitucional 95;
• Garantia de estabilidade no emprego, com salário integral e todos os direitos e garantias, aos trabalhadores com carteira assinada e estatutários no setor público e privado;
• Adiantamento do décimo terceiro para todos os trabalhadores do setor público e privado;
• Salário mínimo mensal, custeado pelo estado, a todos os trabalhadores sem carteira assinada, como medida permanente;
• Suspensão imediata do pagamento da dívida pública;
• Utilização emergencial de toda a rede hoteleira privada para isolamento social dos moradores de rua e de quem mais necessitar;

FORA BOLSONARO E MOURÃO!
AVANTE, CAMARADAS!
Unidade Classista, futuro socialista!
Coordenação Nacional

quinta-feira, 19 de março de 2020

segunda-feira, 16 de março de 2020

NA CAIXA, GUIMARÃES ACELERA O DESMONTE!

A reestruturação em curso na Caixa gerou imensa insegurança no seio dos funcionários. A implantação está sendo feita de uma forma tão autoritária e acelerada que as entidades sindicais conseguiram liminar obtendo mais 15 dias de prazo para que os colegas pudessem avaliar com mais calma os prós e contras de aceitar as opções.
Essa batalha ainda não terminou, sabemos que muitos colegas serão descomissionados com a reestruturação sem nenhuma garantia de incorporação e outros têm como única opção apresentada o descesso com redução de renumeração. A luta contra os ataques aos nossos direitos continua!
Mas há outra questão por trás que é talvez mais grave: a lógica da reestruturação é tornar as agências apenas ponto de venda de produtos, extinguindo na prática o papel social do nosso atendimento e, por tabela, minando gravemente o papel social da Caixa.
Mas a Caixa só tem razão de existir por conta de seu papel social! Equiparar a caixa a um “Bradesco da vida” é torná-la dispensável como banco público; é preparar o caminho pra privatização.
E a privatização da Caixa já está acontecendo, só que “pelas beiradas”. Já venderam a Lotex (loteria instantânea) e anunciam a abertura de capital da seguradora e a possibilidade de venda das loterias. É uma estratégia evidente de “comer o mingau pelas beiradas” até que não reste mais nada.
Diante desse quadro, precisamos reagir! Temos que exigir que o Sindicato faça reuniões nas unidades, plenárias conjuntas dos delegados sindicais da Caixa e do BB – nosso “banco federal irmão” que está sofrendo o mesmo tipo de ataques – convocar uma grande assembléia geral unificada dos bancos públicos para organizar a luta contra o desmonte, a privatização e contra os ataques aos nossos direitos.

SÓ A LUTA CONQUISTA E MANTÉM DIREITOS!

No BB é Lutar ou Morrer!

   Diante do que vem acontecendo no Banco do Brasil desde a posse do   Bolsonaro e do seu ministro da economia Paulo Guedes, aprofundando e radicalizando reestruturações iniciadas ainda nos governos anteriores, já não resta outra alternativa aos bancários do BB que não seja a organização de uma verdadeira luta para se contrapor aos planos privatistas da direção do banco e do atual governo.
   O fechamento de agências, desmonte da estrutura de atendimento, incremento da terceirização, redução de pessoal, ataques sem precedentes aos direitos do funcionalismo e culminando com o plano de entrega da BB DTVM para os abutres do mercado financeiro, tudo isso que vem sendo feito tem um objetivo claro, visa preparar o golpe de misericórdia, ou seja, a privatização do banco com a consequente demissão em massa dos seus funcionários.
   A reestruturação do momento, denominada “Performa”, reduz na média o VR em 18%, implanta remuneração variável vinculada as já costumeiras metas abusivas, abrindo campo para o assédio moral e a competição predatória entre colegas. Sem falar do prejuízo no 13º salário, FGTS e benefícios previdenciários. Para piorar, essa verdadeira redução salarial terá impacto negativo também na Cassi e na Previ.
     A passividade diante desses contínuos ataques resultará em perdas cada vez maiores. Os bancários têm apenas dois caminhos: ficar disputando migalhas até a liquidação final do banco e dos seus postos de trabalho, ou se empenhar na sua organização, retomando a participação ativa nos seus sindicatos e associações para fortalecer a nossa luta. Nesse sentido, a unidade com os colegas da Caixa e demais empresas estatais, que estão sofrendo os mesmos ataques é fundamental para aumentarmos as chances de vitória contra os planos de Bolsoaro/Guedes e seus lacaios na diretoria do BB!
   


BANCÁRIOS DOS BANCOS PÚBLICOS: À LUTA!

   Os funcionários do Banco do Brasil e da Caixa sentem na pele os efeitos da nefasta política de Bolsonaro e Guedes para as estatais. Reestruturações selvagens, descomissionamentos, transferências arbitrárias e um clima de total insegurança tornaram-se o dia a dia dos bancários dos bancos federais.
  A arbitrariedade e o autoritarismo são na verdade a marca registrada deste governo. As recentes manifestações de Bolsonaro e de alguns de seus ministros – como o General Augusto Heleno – conclamando seus apoiadores a irem às ruas “contra o Congresso e o Supremo” demonstram de maneira ainda mais clara o caráter autoritário deste governo, cujo Presidente já elogiou publicamente a ditadura militar e o seu mais notório torturador.


A Unidade Classista não tem simpatia alguma nem ilusão com o posicionamento político da imensa maioria dos integrantes do Congresso, os quais são responsáveis, juntamente com o Governo de Bolsonaro, Mourão, Guedes e Moro, pela implementação de violentos ataques aos direitos sociais e trabalhistas duramente conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras em décadas de lutas. Porém, entendemos que o chamamento feito por Bolsonaro e aliados aumenta a escalada golpista desencadeada por este governo, que visa na verdade destruir a legislação social e as tímidas liberdades democráticas implantadas no Brasil com a Constituição de 1988, após as intensas batalhas travadas contra a ditadura empresarial militar imposta a partir do golpe de 1964.
   O objetivo final de Bolsonaro e seus aliados, razão pela qual pretende impor uma ordem autocrática e reacionária para calar os movimentos grevistas em curso e as lutas populares, é transformar o Brasil num país totalmente à mercê dos interesses imperialistas estadunidenses, com a entrega das riquezas nacionais como o petróleo e a privatização plena das empresas estatais. Na Caixa e no BB, as reestruturações em curso enfraquecem ainda mais o papel público destes bancos e intensificam a “bradescalização” – até o momento em que BB e Caixa sejam tão descaracterizados como bancos públicos e tão parecidos com o Bradesco que não tenham mais razão de existir como empresas públicas.
   Essa tentativa de escalada autoritária e antipopular terá a devida resposta da classe trabalhadora, da juventude e dos setores populares. Nós bancários temos que nos somar a esse grandioso movimento. A Unidade Classista conclama aos bancários que participemos de forma ativa e enérgica de todas as atividades de luta da categoria bancária e da classe trabalhadora.

EM DEFESA DOS BANCOS PÚBLICOS: NÃO À PRIVATIZAÇÃO!
DITADURA NUNCA MAIS!
FORA BOLSONARO, MOURÃO E SEUS CAPANGAS!



segunda-feira, 9 de março de 2020

Dois milhões de mulheres lotam as ruas do Chile no 8 de março

Mobilização em Santiago pelo Dia Internacional da Mulher parece ter sido ainda maior que os atos do final de 2019 que sacudiram o país.

Os atos do 8 de março sacudiram o Chile neste Dia Internacional da Mulher. Organizadoras do 8M afirmam que mais de dois milhões de mulheres estiveram nas ruas neste domingo protestando contra o estado patriarcal e exigindo direitos. A Polícia, por sua vez, apresenta uma questionável cifra de 125 mil presentes.
Depois de um longa jornada de protestos que se iniciou no final do ano passado e culminou na convocação de um plebiscito sobre a necessidade de uma nova Constituição – a ser realizado em abril -, as mulheres tomaram as ruas da capital Santiago e realizaram uma manifestação massiva neste 8 de março.
Com lemas como “o estado opressor é um homem estuprador”, imagens mostram que o movimento mobilizou entre 1,5 milhão e 2 milhões de mulheres na capital. Outras cidades também registraram grandes atos.
Os Carabineros (polícia nacional), no entanto, publicaram uma nota com uma estimativa de 125 mil presentes. Esse número foi bastante criticado nas redes sociais.
“Fiz o cálculo entre 1 a 8 pessoas x m2, que foi o máximo que pude contar em algumas áreas de extrema densidade, e o resultado é de mais de 1 milhão de mulheres apenas entre Salvador e UChile, mas existem companheiras em todas as ruas no entrono. Somente com 1 pessoa por m2 dá 100 mil! É impossível”, escreveu a geógrafa e urbanista Valentina em seu Twitter.
Atualização: Após as críticas, os Carabineros aumentaram a cifra para 300 mil – número que seguiu sendo criticado por manifestantes.