PCB-RR

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Começa o processo eleitoral da Funcef.

Está disponível no site do Sindicato da Bahia (www.bancariosbahia.org.br), a lista de apoio à Chapa d@s Associad@s, que concorre à eleição da Funcef. O pleito é entre 7 e 11 de maio. As inscrições vão até o dia 09 de março.


Para garantir a participação da chapa, é necessário que os bancários participem e assinem a lista de apoio. O procedimento é simples. É só visitar a página, imprimir o documento disponível na parte superior do site e encaminhar por malote para a sede do Sindicato da Bahia, nas Mercês. O prazo é até sexta-feira (02/03).

A participação ativa dos trabalhadores durante o processo eleitoral é de extrema importância para que mais conquistas sejam alcançadas em favor dos empregados da Caixa.


A Chapa d@s Associad@s conta com o apoio do Sindicato da Bahia e é liderada pelo vice-presidente Augusto Vasconcelos. O dirigente sindical concorre ao cargo de Titular no Conselho Deliberativo.
Fonte: www.bancariosbahia.org.br

Bancários negociam valores da PCR para 2012 com Itaú

Representantes dos trabalhadores retomam no próximo dia 16 de março as negociações com o Itaú. Os bancários levarão para a mesa reivindicações sobre a Participação Complementar nos Resultados (PCR), auxílio-educação e plano de saúde.



Na última negociação, no dia 10 de fevereiro, os trabalhadores entregaram ao banco a minuta específica de reivindicações dos funcionários , que possui nove itens: emprego, remuneração, metas abusivas, saúde e condições de trabalho, segurança bancária, liberdade sindical, previdência complementar, plano de saúde e igualdade de oportunidades.



Emprego



A questão do emprego tem sido um ponto permanente nas negociações com o Itaú. Estudo do Dieese divulgado hoje mostra que o Itaú fechou 4.058 postos de trabalho em 2011, diminuindo em 3,97% seu quadro de funcionários.


Fonte:Contraf
 

Bancos lucram R$ 33 bilhões com remuneração do Banco Central

Mais de 60% do lucro líquido dos cinco maiores bancos do país vieram da remuneração do depósito compulsório vindos do Banco Central em 2011.


Mais de 60% do lucro líquido dos cinco maiores bancos do país vieram da remuneração do depósito compulsório vindos do Banco Central (BC) em 2011. Foram R$ 33,6 bilhões, do total de R$ 50,7 bilhões de lucro no período. Os números são dos bancos Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, de estudo feito pelo Dieese. É o dinheiro público sendo destinado diretamente para os bancos.

O depósito compulsório é utilizado pelo BC para controlar a quantidade de dinheiro que circula na economia. A medida influencia o crédito disponível e as taxas de juros cobradas.

O aumento em 97,4% neste retorno aos bancos em relação ao ano anterior é apontado como resultado das medidas macroprudenciais do BC no final de 2010. Assim, o órgão visava conter o crescimento do crédito ao consumo e combater a inflação, sem a necessidade de elevar a taxa Selic.
 
Até fevereiro, 100% desses recursos retornavam aos bancos. Para este ano, está prevista uma redução parcelada desse retorno. Quando reduz o compulsório, o BC dá aos bancos mais dinheiro para emprestar aos seus clientes.

Fonte:
Radioagência NP

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Um povo culto é um povo livre


Uma pitada de poesia é suficiente para perfumar um século inteiro (José Marti)

De 09 a 19 de fevereiro a capital dos cubanos e das cubanas se perfumou de poesia, de conto, de ciência e ficção.
O mundo tornou-se pequeno para as letras e a imaginação desse rebelde povo. Quando nos referimos ao número de visitantes da 21° Feira Internacional do Livro de Cuba não nos basta falar de milhares, mas sim de milhões de cubanos e latino-americanos que participaram desta festa de cultura e conhecimento. Os livros nas mãos do povo, vendidos a modestos preços, também ultrapassam as cifras milionárias, em um país com pouco mais de 11 milhões de habitantes. Crianças conduzidas por seus pais e professores transformam cultura em brincadeira, e seus olhos brilham nas salas de leitura infantis; sua imaginação aflora com cada nova estória. Cada uma das crianças cubanas ganhou um livro infantil a sua escolha.
Os caminhos do histórico Forte de La Havana, que por séculos serviram aos canhões dos dominadores (espanhóis ou estadunidenses), hoje conduzem todo um povo para o único caminho de liberdade: a cultura e o conhecimento. É dessa forma que a revolução cubana muniu seu povo com a mais eficaz arma contra a opressão e a dominação, os livros. Nenhuma outra arma poderia manter e revigorar permanentemente as mais de cinco décadas de construção socialista, décadas de ataques imperialistas incessantes, mas principalmente de criatividade e unidade de um povo que jurou jamais voltar a viver de joelhos. Um povo culto não se submete a ser enganado ou dominado.
Talvez seja este o grande segredo da revolução cubana, que ousou manter seus princípios quando o bloco socialista ruiu com as contra-revoluções dos 80 e 90. Desde a campanha nacional de alfabetização – uma das primeiras medidas revolucionárias – os livros não mais abandonaram a cabeceira dos cubanos e das cubanas. A partir de então, ainda que pobre e bloqueada política e economicamente pelo maior império que a humanidade já conheceu, Cuba transformou-se numa potência científica e no maior pólo de cultura da América Latina, ultrapassando as fronteiras impostas aos povos para levar letras e ações de emancipação ao mundo. Hoje é um dos países do planeta com o maior número de escritores e escritoras registrados per capita, número inigualável nas Américas, e omitido pelos meios de comunicação hegemônicos.
Dessa forma seguem seu caminho os cubanos e as cubanas, com as estantes carregadas de livros nacionais e internacionais, com os punhos preparados para lutar pelo mundo sonhado desde as primeiras revoluções populares, com a convicção científica de que é possível construir uma sociedade de riqueza coletiva e oportunidades iguais, com as mentes cheias de criatividade e com os corações transbordando solidariedade e amor aos oprimidos do mundo.

Otávio Dutra é estudante da Escola Latino Americana de Medicina em Havana e militante da base Paulo Petry da UJC e do PCB.

Conquista do voto feminino completa 80 anos.

Há oitenta anos, as mulheres conquistaram o direito ao voto no Brasil. Fruto das lutas feministas, esse direito foi assegurado pelo Decreto nº 21.076, de 24/02/1932, no governo de Getúlio Vargas. “Essa data tem um significado especial, pois traz à memória a luta de tantas mulheres anônimas, que tiveram a coragem de enfrentar o preconceito, de ousar e mostrar que a mulher tem o direito de ser tratada como gente”, avalia a diretora de Relações Sindicais do Sindicato dos Bancários/ES, Lucimar de Souza Barbosa.

Ela lembra que a luta pelo voto foi travada em paralelo à luta pelo direito à educação. “Nossas jovens precisam estar cientes de que nada que temos hoje veio gratuitamente; tudo é fruto da organização feminista e de muita luta pela igualdade de oportunidades, e temos muito ainda a conquistar”, desafia.

A luta pelos direitos políticos das mulheres em nível mundial começou ainda no século XVIII. Em 1893, a Nova Zelândia se tornou o primeiro país a garantir o sufrágio feminino, graças ao movimento liderado por Kate Sheppard. Outro marco neste processo foi a fundação, em 1897, da “União Nacional pelo Sufrágio Feminino”, na Inglaterra. Após o fim da Primeira Guerra Mundial, as mulheres conquistaram o direito de voto no Reino Unido, em 1918, e nos Estados Unidos, em 1919.

No Brasil, Bertha Lutz foi uma das principais responsáveis pela organização do movimento sufragista. Ajudou a criar, em 1919, a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, que foi o embrião da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, criada em 1922. Representou o Brasil na assembleia geral da Liga das Mulheres Eleitoras, realizada nos EUA, onde foi eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana.

Após a Revolução de 1930 e dez anos depois da criação da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, o movimento sufragista conseguiu a grande vitória no dia 24 de fevereiro de 1932.

Com informações da Agência Patrícia Galvão (http://www.agenciapatriciagalvao.org.br)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Em 2011, lucro do BB ultrapassa os R$ 12 bi

O balanço divulgado pelo Banco do Brasil nesta terça-feira, 14, apresentou o valor de R$ 12,126 bilhões como lucro líquido total da instituição em 2011, o que representa um crescimento de 3,6% em relação ao resultado de 2010. Já os ativos totais do BB alcançaram em dezembro de 2011 R$ 981,230 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 21% sobre o mesmo mês de 2010.



Maristela Corrêa, diretora do Sindicato dos Bancários/ES e funcionária do BB, ressalta que este crescimento evidencia o desvirtuamento da instituição de suas funções de banco público. “O Banco do Brasil iniciou uma política de mercado que se assemelha a de bancos privados, tanto em relação às suas questões comerciais quanto a suas condições de trabalho. Nesse cenário, podemos citar o número insuficiente de funcionários, pressão por metas, assédio moral, entre outros”.

Maristela lembrou também que o banco está devendo a discussão dos principais pontos das mesas temáticas, como jornada e plano de cargos e lateralidade.


Dia de Luta
 
A Comissão de Empresa (COE) dos Funcionários do BB, se reuniu em Brasília na última quinta-feira, 9, e deliberou o 6 de março como o Dia Nacional de Luta dos Funcionários do BB.

Segundo o coordenador da COE, Eduardo Araújo, os sindicatos receberão nos próximos dias as orientações para a organização do Dia de Luta, que terá como objetivo fazer com que o BB respeite todas as conquistas da Campanha Nacional 2011.


Fonte:http://www.bancarios-es.org.br


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Plenária da Unidade Classista-Bancários RJ

AVANTE BANCÁRIO

Reunião plenária da Unidade Classista-Bancários RJ, na próxima terça-feira, 14/02, às 18:30 hs., no auditório do Sindicato dos Bancários, 21º andar.

Pauta:


1 - Luta pela jornada de seis horas.

2 - Demissões nos bancos privados.

3 - Eleições no Sindicato dos bancários RJ.

Itaú alcança lucro recorde, mas fecha 4.058 empregos em 2011

Em anúncio realizado nesta terça-feira, 7, o Itaú divulgou como lucro líquido alcançado em 2011 o valor de R$ 14,62 bilhões, maior número já conquistado na história do sistema financeiro nacional. Em contrapartida, o banco fechou 4.058 postos de trabalho.
 

Sobre o lucro, o resultado representa um crescimento de 9,74% em relação a 2010, quando o valor alcançado foi de R$ 13,3 bilhões. Já a receita com prestação de serviços cresceu 11,39% e as despesas de pessoal aumentaram apenas 7,27% (menos que o índice de reajuste de 9% da campanha nacional do ano passado).
 

O Sindicato dos Bancários/ES vem alertando já há algum tempo a contradição existente na grande concentração de lucro dos bancos, que somente são alcançados com a exploração diária do bancário e o abuso dos juros e das taxas para os clientes. Sem contar que as demissões vão contra o grande esforço nacional de gerar emprego e renda para fazer frente aos riscos da crise internacional.

 
Retomada das negociações

Com esses números estrondosos, os bancários irão reforçar a mobilização dos trabalhadores para avançar as negociações, que serão retomadas nesta sexta-feira, 10, às 15h, em São Paulo. Trata-se da primeira rodada em 2012, que será marcada pela entrega da minuta específica de reivindicações dos funcionários do banco, definida no Encontro Nacional realizado nos dias 14 e 15 de dezembro de 2011.


Fonte:http://www.bancarios-es.org.br


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Comércio do ópio está na origem do HSBC, diz Le Monde Diplomatique

Le Monde Diplomatique
Jean-Louis Conne

No outono europeu de 2009, quatro letras - H, S, B e C - lideravam as principais manchetes dos jornais quando um antigo funcionário desse célebre banco enviou ao fisco francês uma lista de clientes suspeitos de fraude. A mesma sigla aparece de novo em 2011, dessa vez no contexto da demissão anunciada de cerca de 30 mil pessoas. Mas o que está por trás dessas letras? Geralmente, elas são precedidas da expressão "banco britânico", mas, na verdade, trata-se da abreviação de Hong Kong & Shanghai Banking Corporation. A trajetória dessa empresa de compradores[comerciantes] na China, com sede londrina com vista para o Rio Tâmisa, começa com uma história de ópio.

No início do século XIX, nasceu em Londres, capital do Império Colonial Britânico, a Companhia Peninsular e Oriental de Navegação a Vapor (P&O - Peninsular and Oriental Steam Navigation Company).(1) Seu primeiro navio de carga a vela e a vapor, o San Juan, saiu das docas de Londres em 1° de setembro de 1837 para encalhar em águas rasas. Outros navios da companhia afundaram, entre os quais o Carnatic, cujos destroços foram encontrados nos recifes de Abou Nawas [no Mar Vermelho].

Mas a companhia sobreviveria à má sorte. Em 1839, a P&O assinou os contratos para o transporte do correio para Alexandria (Egito), via Gibraltar e Malta. Depois de se fundir com a Companhia Transatlântica de Navios a Vapor (Transatlantic Steamship Company), ela criou, em 1844, aquilo que se pode chamar de os primeiros cruzeiros de luxo no Mediterrâneo. Dez anos mais tarde, a P&O ligaria seu destino ao da Companhia de Navegação a Vapor das Índias Britânicas (BI - British India Steam Navigation Company), cujos navios transportavam o correio entre Calcutá (Índia) e Rangun (Birmânia). Seu proprietário, James Mackay, um administrador colonial escocês, iria se tornar presidente da P&O, a qual, por fim, absorveria a BI.

O próprio Mackay mantinha relações estreitas com Sheng Xuanhai, ministro dos Transportes da China na dinastia Qing (Manchu), a última a reinar, até a abolição do governo imperial em janeiro de 1912. Favorável à introdução da tecnologia ocidental apesar das tensões político-militares, Sheng se tornou defensor dessa causa especialmente em Xangai - onde fundou a Universidade Jiao Tong, orientada para a mecânica, engenharia e equipamentos militares -, depois em Hong Kong. Desempenhando um papel importante, ele promoveu a cidade como a mais tecnológica da China. Em 1902, Sheng e Mackay fecharam, em nome da China e do Reino Unido, um acordo conhecido como Tratado Mackay, que versava sobre a proteção de marcas e patentes.

Foi nesse contexto que outro escocês, Thomas Sutherland, entrou para a P&O. Ele fez carreira na empresa, colaborou para a construção das docas em Hong Kong e se tornou o superintendente da P&O, mas também o primeiro presidente da Hong Kong e Whampoa Dock, em 1863. Nessa época, 70% do frete marítimo estava relacionado com o ópio vindo das Índias, vendido aos chineses por negociantes britânicos e outros, para desespero das autoridades chinesas, que tentavam, em vão, fazer oposição a esse comércio.

Sutherland entendeu a mensagem: a configuração era ideal para o desenvolvimento de um banco comercial. Com outros, ele fundou em 1865 o Hong Kong & Shanghai Banking Corporation, o famoso HSBC. No conselho de administração, presidido por Francis Chomley, estava igualmente a sociedade comercial Dent & Co., cujo nome vem de seu criador, Thomas Dent. Em 1839, o alto funcionário chinês Lin Zexu, reconhecido por sua competência e rigidez moral, havia lançado contra ele um mandato de prisão com o objetivo de forçá-lo a abandonar seus armazéns de ópio, que violavam a proibição decretada pelas autoridades chinesas. Esse foi um dos elementos que provocaram a Primeira Guerra do Ópio, encerrada em agosto de 1842 pelo primeiro "tratado desigual", o de Nanquim.

No fim da Segunda Guerra do Ópio (1856-1860), as potências britânica e francesa imporiam a criação de concessões territoriais sob administração estrangeira, a abertura de vários portos chineses ao comércio estrangeiro e a legalização do comércio de ópio. O conflito terminaria cinco anos antes de Sutherland criar o HSBC. O banco escolheu bem o nome: alguns desses caracteres significam, em chinês, "reunir", "colheita" e "riqueza".

De fato, o HSBC reuniu suas primeiras riquezas graças à colheita do ópio das Índias, depois do Yunnan [província do Sudoeste da China]. Desde 1920, filiais se instalaram em Bangcoc e Manila. Depois de 1949, o banco concentrou suas atividades em Hong Kong e, entre 1980 e 1997, instalou-se nos Estados Unidos e na Europa. Só mudou sua sede social de Hong Kong para Londres em 1993, antes da devolução do território à República Popular da China, anunciada em 1997.

Em 1999, as ações do HSBC Holdings foram cotadas em terceiro lugar na Bolsa de Nova York. O grupo adquiriu a Republic New York Corporation (atualmente integrada à HSBC USA Inc.), assim como a empresa irmã Safra Republic Holdings SA (hoje HSBC Republic Holdings SA, em Luxemburgo). Em 2007, o grupo registrou um resultado recorde, descontado o pagamento de impostos, de US$ 24 bilhões, dos quais 60% vêm de mercados emergentes da Ásia, do Oriente Médio e da América Latina. Pela primeira vez, os lucros acumulados na China atingiram US$ 1 bilhão naquele mesmo ano - tanto quanto na França. Segundo resultados publicados em 1º de agosto de 2011, os lucros comerciais bancários do HSBC apresentaram um crescimento de 31%, e seu faturamento bruto se elevou a US$ 11,5 bilhões.

Desde o fim de 2010, é o escocês Douglas Flint quem manda nos destinos do HSBC Holdings. E, desde março de 2011, Laura May Lung Cha é a presidente adjunta, não executiva, do HSBC. Uma ascensão tão notável que a fez delegada de Hong Kong no 11° Congresso da República Popular da China...


Jean-Louis Conne é jornalista, ex-redator chefe da revista européia Animan e autor de La Croix tibétane (A Cruz tibetana), Mondialis, Bex (Suíça), 2009



(1)A empresa seria revendida em 2006 por 3,9 bilhões de libras esterlinas para a Dubai Ports World, o terceiro operador portuário mundial, filial da Dubai World, holding pertencente ao governo de Dubai (Emirados Árabes Unidos).
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/as-origens-do-hsbc