PCB-RR

domingo, 24 de setembro de 2017

O Brasil entregue ao grande capital

imagemO verdadeiro motivo do golpe: Temer entrega o país às multinacionais

O PODER POPULAR Nº 25 (SETEMBRO/OUTUBRO DE 2017)

Juntou a fome com a vontade de comer. A versão dominante do golpe que levou Temer à Presidência seria estancar a sangria das investigações da Lava Jato. Em parte isso é verdade, mas o que de fato motivou a Fiesp, a Rede Globo e demais setores da burguesia foi garantir e acelerar a entrega do país às grandes corporações, de acordo com os ditames do imperialismo.

As recém anunciadas privatizações da Eletrobrás, da Transportadora Associada de Gás (TAG), pertencente a Petrobrás, de mais 56 empresas estatais e o fim da Renca – Reserva Nacional de Cobre e Associados, situada entre o Pará e o Amapá, além da entrega de outros cinco milhões de hectares para as mineradoras e a privatização dos aquíferos Alter do Chão e Guarani (em estudos) fazem parte da política do governo usurpador de privatizar todas as atividades econômicas no país, repassando-as ao grande capital.

Somam-se ainda as privatizações dos campos de petróleo do pré-sal, da BR Distribuidora, o esvaziamento dos Correios e dos bancos públicos, com fechamento de agências e postos de atendimento, o congelamento dos investimentos em educação e saúde, as contrarreformas trabalhista e da Previdência, as benesses ao sistema financeiro nacional e internacional.

É a fase superior do capitalismo se apropriando a preço de banana das riquezas naturais, produtivas e sociais brasileiras, prática que vem sendo implantada em diversos países há décadas.

Até mesmo o dono de uma pequena mercearia gostaria de um “negócio” com demanda garantida, consumidores certos, portanto, lucros obtidos sem riscos.

Energia e recursos naturais
A Eletrobrás é responsável por 32% da capacidade instalada de geração de energia e 47% das linhas de transmissão, segundo artigo da jornalista Rita Dias no ‘Brasil Debate’. Sua privatização representará a perda de controle sobre a energia elétrica no país.

A Eletrobrás é uma empresa altamente lucrativa, com lucro de R$ 1,7 bilhão no primeiro semestre deste ano e de R$ 3,4 bilhões em 2016. Teve um período difícil entre 2012 e 2015, mas seu histórico neste século é de lucro anual médio de R$ 2 bilhões. O valor real da empresa seria da ordem de R$ 400 bilhões, 20 vezes superior ao divulgado pelo governo, que se encontra em negociações com a China – daí a visita do usurpador àquele país – para vendê-la.

No caminho oposto, França, Canadá, EUA, Noruega, Suécia, Dinamarca, Espanha, China, Japão, entre outros, mantêm fortes empresas estatais nas áreas de geração e distribuição de energia.

Outra empresa a ser privatizada é a Transportadora Associada de Gás (TAG), subsidiária da Petrobras, que transporta 75 milhões de metros cúbicos de gás por dia e é superavitária. Incluindo neste rol de privatizações a Eletrobrás, a BR Distribuidora e a não obrigatoriedade da participação da Petrobrás na exploração dos campos do pré-sal, em breve o país se tornará refém das multinacionais na exploração, geração e distribuição de energia e combustíveis, setores estratégicos da economia.

Um crime de traição, de lesa-pátria.
Outro ataque do usurpador se manifestou no decreto de extinção da Renca, área de tamanho similar à da Dinamarca ou do Espírito Santo, em benefício das mineradoras, em grande maioria multinacionais, em particular canadenses, que tinham conhecimento da iniciativa há meses. Os danos ambientais e sociais serão de dimensões incomensuráveis. Além disso, tramitam no Congresso vários projetos de parlamentares da base do governo favoráveis a mineração em áreas de proteção ambiental.

A bola da vez, ao que tudo indica, são as reservas de água potável, já que o Brasil possui a maior reserva do mundo, cerca de 12% do total. Os aquíferos Alter do Chão e Guarani são a menina dos olhos das multinacionais, pois são os dois maiores reservatórios de água do planeta.

Fonte:https://pcb.org.br

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

PCdoB parabeniza aliança entre a CTB e a FIESP golpista

Após colocar Rodrigo Maia em assento de honra em seu congresso e votar a favor da reforma politica, agora o PCdoB comemora aliança com a FIESP.

 A grande aliança

 



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Em matéria no site do PCdoB, os deputados federais Orlando Silva (PCdoB/SP), Assis Melo (PCdoB/RS) e Daniel Almeida (PCdoB/Ba) comemoraram a CTB, entidade sindical ligada ao partido de ter um acordo junto a golpista Federação de Industrias do Estado de São Paulo (FIESP) "contra o desemprego". Leia o artigo aqui

Num discurso mentiroso de "dar uma alternativa a crise" que é adotado por Temer, Rodrigo Maia, Aécio e a elite que quer enfiar a precarização por goela abaixo dos brasileiros. Isso ficou bastante claro quando esse partido, que de comunista não tem nada, votou a favor da clausula de barreira da reforma política que censurará a luta dos trabalhadores e da esquerda.

A parlamentar Jô Moraes (PCdoB/MG) teve a coragem de afirmar: "a unidade construída em defesa do emprego, que reúne classe trabalhadora, empresários, comércio, agronegócio e o Estado, comprova o empenho destes setores em reverter o cenário de crise e que atinge em demasiado o povo". O discurso propagado por ela reflete o cinismo desse partido, querendo que os trabalhadores se unam com os capitalistas, os mesmos interessados na precarização da vida dos trabalhadores com sua absurda reforma trabalhista, PEC 55, reforma do ensino médio e todo o pacote de ataques de Temer, e que querem forçar para que o trabalhador trabalhe até morrer com a reforma da previdência.

O PCdoB recentemente mostrou sua tendência a conciliação com os golpistas quando trouxe Rodrigo Maia para seu congresso e o colocou em assento de honra. nada diferente do que é a estratégia desse partido que se recusou a travar tipo de luta séria, boicotando abertamente a Greve Geral do dia 28 de abril e do dia 30 de junho, enquanto Temer implementa seus ataques estavam mais preocupados em fazer seu jogo sujo de conciliação de classes. Agora mais explicitamente fazem coro ao discurso de crescimento junto aos patrões, elogiando iniciativas conjuntas com os donos dos patos.

A aliança da CTB com a FIESP é demonstração de mais uma traição aberta dessa central, que já vem negociando com Rodrigo Maia os termos de sua contribuição sindical para continuar recebendo a sua fatia do bolo da exploração capitalista, cooptados para dentro da maquina estatal, travando a luta dos trabalhadores para sugar como sanguessugas todo o vigor transformador da classe e se auto-promover num escuso jogo de interesses.

A votação na anti-democrática clausula de barreira é outra demonstração de que esse partido só existe para trair os trabalhadores, pela clausula votada o partido que não alcançar 1,5%, com ao menos 1% em nove estados, será excluído de todo o tempo da TV, garantindo que somente a corja de corruptos se mantenha no poder ou partidos conciliadores tenham bastante espaço para se coligar a vontade com todo o tipo de cretino como Rodrigo Maia, Temer ou com a elite usurpadora da FIESP.

Fonte:www.esquerdadiario.com.br