PCB-RR

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Que saudade do João.

 
Eu quero a Copa. Nós já ganhamos!
 
O coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, afirmou solenemente que o Brasil é o favorito para a Copa do Mundo. Disse, textualmente, que estamos com uma das mãos na taça.
 
Experiência não lhe falta, participou de oito copas, sendo campeão em 1970, como preparador físico, em 1994, como treinador e em 2006, no mesmo cargo que ocupa agora.
 
Não vou entrar no mérito da declaração propriamente dita, apesar de saber que toda vez que uma seleção brasileira foi considerada favorita nos demos mal. A lembrança de 1950 é marcante, mas 1982 talvez seja a mais gritante, pois nunca mais tivemos um time com tanto talento.
 
Somos favoritos na copa não pelo que iremos fazer em campo, mas pelo que o povo brasileiro vem fazendo desde as manifestações do ano passado. Os milhões que foram às ruas tornaram claro para todo o país as contradições do governo da burguesia, a necessidade de se investir em saúde, educação, segurança e transporte público, apesar do circo.
 
A conscientização do brasileiro comum já é um fato, ele entendeu que é inadmissível o governo gastar 30 bilhões de reais em estádios, as ditas arenas, quando falta o básico para a população. Como bem disse um popular – Não dá para fazer uma festa se está faltando comida em casa.
 
Essa conscientização se reflete no comércio, nas ruas, na propaganda. Desde abril espero as famosas ruas pintadas para a copa, mas até agora nada. A própria rede de televisão que detêm os direitos de transmissão anda pedindo que as pessoas avisem sobre eventuais entusiastas, sem muito sucesso.
 
Os manifestantes que tomaram as ruas deixaram o legado dos atos públicos, da denúncia política, da luta por seus direitos. Já conseguiram o mais importante – Não vai ter copa, pelo menos a copa idealizada pela burguesia, de apropriação indébita de recursos públicos com aplausos para o verde e amarelo. A própria neta do ex-presidente da FIFA já admitiu isso, quando postou que já houve roubo. Ela é insuspeita.
 
Não se trata de torcer contra a seleção brasileira, apesar da arrogância do Felipão, filho dileto desse esquema elitista e corrupto. Trata-se de torcer para que o povo brasileiro saia vencedor desse embate, o único que realmente nos interessa.
 
Como faz falta nessa hora o velho camarada João Saldanha.
 
Afonso Costa
Jornalista

quarta-feira, 21 de maio de 2014

CARTA ABERTA À FETRAF/RJ-FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES DO RAMO FINANCEIRO DOS ESTADOS RJ/ES


Caros companheiros:

Os signatários, militantes sindicais de base da Caixa Econômica Federal vinculados à corrente Unidade Classista, vêm publicamente por meio desta expressar nosso inconformismo com a condução equivocada do processo de escolha de delegados de base desta FETRAF no Estado do RJ ao Congresso Nacional dos empregados da CEF – CONECEF.

Relatando e relembrando o ocorrido, na hora de compor a delegação do Rio ao Congresso Nacional, descobrimos que o Regimento Interno do Encontro Estadual, aprovado às pressas no inicio dos trabalhos, definia que a delegação seria eleita por maioria simples – ou seja, se houvesse duas chapas e por hipótese uma tivesse 50% mais um dos votos dos presentes, esta elegeria todos os 29 delegados ao CONECEF.

Contra esta verdadeira ditadura da maioria levantou-se a Unidade Classista. Propusemos rediscussão deste item do Regimento e que fosse restabelecida a prática tradicional que sempre vigorou em TODOS os CONECEFs até agora: a composição da delegação proporcional à votação das chapas no plenário. Entretanto, a maioria dos participantes do Encontro, vinculados à Diretoria do Sindicato da Capital, não acatou tal recurso e impôs uma delegação definida por votação majoritária. Em protesto, os participantes do Encontro vinculados à Unidade Classista apresentaram uma declaração de repúdio a essa mudança casuística nas regras do jogo e retiraram-se do Encontro para não coonestar tal imposição.

Com o objetivo de restabelecer a convivência saudável entre as diversas correntes de pensamento atuantes no movimento sindical bancário deste Estado do RJ, os signatários vêm publicamente propor a urgente convocação de  novo Encontro Estadual dos Empregados da Caixa, com garantia de discussão das teses a serem apresentadas por quaisquer interessados e a eleição por proporcionalidade direta da delegação do RJ ao CONECEF.

Saudações sindicais

UNIDADE CLASSISTA BANCÁRIA – CEF/RJ

·         Carlos Arthur Newlands “Boné”

·         Paulo Jorge Pinto da Silva “Paulão”

·         Angelica da Graça França

·         Leila Maria Hassan

segunda-feira, 19 de maio de 2014

COMEÇA MUITO MAL A CAMPANHA SALARIAL 2014 NA CAIXA

DIRETORIA DO SINDICATO IMPÕE DELEGAÇÃO CHAPA BRANCA AO CONGRESSO NACIONAL DOS EMPREGADOS DA CAIXA!
 
            No último sábado, 17 de maio, realizou-se no auditório do Sindicato do Rio o Encontro Estadual dos Empregados da Caixa, que elege os delegados para o CONECEF – Congresso nacional dos Empregados da CEF. O CONECEF é realizado anualmente desde 1985 e neste Congresso, em épocas passadas, foram definidas campanhas memoráveis na história das lutas dos empregados da caixa, tais como a jornada de 6 horas (até 1985 os empregados da Caixa trabalhavam 8 horas), o direito à sindicalização (que não tínhamos até 1985) e a readmissão dos demitidos no Governo Collor.
            Entretanto, nosso Encontro Estadual deste ano foi muito diferente de períodos passados – e diferente pra pior. Primeiro, praticamente não houve convocação por parte do Sindicato, o que resultou em um Encontro com apenas 60 participantes do Estado do Rio inteiro – a maior parte de colegas do interior. Segundo, praticamente não houve discussão sobre os problemas que enfrentamos na caixa e como resolvê-los: o temário limitou-se a uma exposição do representante dos empregados na mesa de negociação e a uma palestra do técnico do DIEESE.
            Mas o pior foi logo depois. Durante a palestra do DIEESE, o colega Ricardo Maggi, representante da Federação dos bancários do RJ na mesa de negociação pelos empregados e que presidia os trabalhos do Encontro Estadual, além de praticamente não abrir espaço para o debate de propostas afirmou que “temos que defender os avanços deste governo federal” – postura absolutamente inadequada a um representante sindical dos trabalhadores. Aí, na hora de compor a delegação do Rio ao Congresso nacional, descobrimos que o Regimento Interno do Encontro Estadual, aprovado ás pressas no início dos trabalhos, definia que a delegação seria eleita por maioria simples – ou seja, se houvesse duas chapas e por hipótese uma tivesse 50% mais um dos votos dos presentes elegeria todos os 29 delegados ao CONECEF.
            Contra esta verdadeira ditadura da maioria levantou-se a Unidade Classista. Propusemos rediscussão deste item do Regimento e que fosse restabelecida a prática tradicional que sempre vigorou em TODOS os CONECEFs até agora: a composição da delegação proporcional à votação das chapas no plenário. Entretanto, a maioria dos participantes do Encontro, vinculados à Diretoria do Sindicato, não acatou tal recurso e impôs uma delegação definida por votação majoritária. Em protesto, os participantes do Encontro vinculados à Unidade Classista apresentaram uma declaração de repúdio a essa mudança casuística nas regras do jogo e retiraram-se do Encontro para não coonestar tal imposição.
           Esperamos que nas assembleias de Campanha Salarial a Diretoria do Sindicato tenha uma postura mais democrática, pois o respeito á divergência é fundamental para construirmos a unidade na ação – e sem unidade de ação certamente não conseguiremos arrancar nossas reivindicações.
UNIDADE CLASSISTA BANCÁRIA
Assinam este boletim na Caixa Econômica Federal:
- Carlos Arthur “Boné”
- Paulo Jorge “Paulão”
- Angélica
- Leila Hassan

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Quem são os incitadores da greve dos rodoviários?

 Unidade Classista/RJ

Os rodoviários do Rio de Janeiro entraram em greve pela segunda vez nesse mês de maio. A maioria da categoria atendeu à convocação daqueles que discordaram do acordo assinado pela direção do Sindicato (SINTRATURB) e aderiu com força ao movimento. Nesse acordo o reajuste salarial previsto seria de apenas 10%, enquanto os grevistas frente ao arrocho sofrido reivindicam 40%.

O SINTRATURB surgiu de uma dissidência do velho Sindicato dos Rodoviários, tradicional aliado dos empresários e que há muito tempo vinha traindo a luta dessa categoria. Mas parece que o novo sindicato não aprendeu a lição, apesar de ter sido fundado com um discurso que criticava o imobilismo do antigo, pois já está colocando em prática as velhas táticas do peleguismo a serviço dos patrões e do governo, ou seja, assembleias mal convocadas, falta de democracia na condução da campanha, entraves à organização dos trabalhadores e, por fim, assinatura de acordos rebaixados.

Com tudo isso, um setor dos trabalhadores rodoviários não se intimidou e resolveu contestar o acordo e partir para a luta por suas reivindicações. A grande adesão à greve mostrou de forma cabal que eles estão com a razão, e que o acordo assinado não atende minimamente aos interesses da categoria.

Na mídia a greve é tratada como “greve dos ônibus”, como se máquinas fizessem greve. Pior, dizem que é um movimento com interesses políticos, obscuros, organizado e infiltrado por pessoas de fora da categoria. Juntos, Governo Estadual, Prefeitura e donos de empresas de ônibus comandam o coro dessa mídia amestrada, jogam a polícia para reprimir os trabalhadores, vão ao Judiciário exigir medidas contra os grevistas, no que são prontamente atendidos, através de uma juíza que concedeu uma liminar proibindo os lideres do movimento de, entre outras coisas, “se aproximarem das garagens”.

O problema é que estão deixando à solta os principais “incitadores” dessa greve, e eles são bem conhecidos: os baixos salários, a dupla função e as péssimas condições de trabalho. Com esses subversivos atuando vai ser muito difícil conter o movimento.

TODO APOIO À GREVE DOS RODOVIÁRIOS DO RIO E DA BAIXADA FLUMINENSE

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Greve Unificada na educação do Rio de Janeiro

seperj.org.br
Os profissionais das redes públicas da educação estadual e municipal do Rio de Janeiro, reunidos esta tarde (dia 7/05) em assembleia no Clube Municipal, na Tijuca, decidiram entrar em greve unificada, nas duas redes, a partir da segunda-feira, dia 12.

O Sepe convoca a categoria das duas redes para se prepararem para a greve, mobilizando suas escolas. Agora é o momento da mobilização para arrancarmos nossas reivindicações!

Calendário aprovado na assembleia:
Segunda (dia 12): início da greve;
Quarta (dia 14): Conselho deliberativo, 18h, na sede do Sepe;
Quinta (15/05): assembleia unificada, 11h, Clube Municipal - logo após a assembleia, ato público.

As duas redes têm uma pauta de reivindicações unificada, que listamos a seguir:
1) Plano de carreira unificado;
2) Reajuste linear de 20% com paridade para os aposentados;
3) Contra a meritocracia e pela autonomia pedagógica;
4) Não à privatização da educação;
5) Contra o repasse das verbas para empresas, bancos, Organizações Sociais, fundações;
6) Fim da terceirização;
7) Cumprimento de 1/3 de planejamento extraclasse Já!
8) 30 horas para os funcionários administrativos, já!
9) Eleição direta para diretores;
10) Uma matrícula uma escola;
11) Equiparação salarial entre PEI, PI e PII;
12) Reconhecimento do cargo de cozinheira (o) Escolar;
13)15% de reajuste entre níveis.
14) Convocação imediata dos aprovados no concurso para professor de 40 horas da rede municipal do Rio.

Além da pauta, os governos do estado e do município, até agora, não atenderam às reivindicações da categoria e nem cumpriram os compromissos firmados, que determinaram o fim das greves nas redes, no ano passado.

Na sexta-feira, dia 9, ocorrerá uma audiência com a Secretaria Municipal de Educação sobre as reivindicações do município.

As redes estadual e municipal do Rio atendem mais de 1,6 milhão de alunos (1.380 escolas estaduais e 1.076 escolas municipais). Nelas, trabalham mais de 140 mil professores e funcionários. O piso do professor da rede municipal é de R$ 1.587,00. Os funcionários recebem de piso R$ 937,00. Na rede estadual, o professor recebe um piso de R$ 1.081,00 e o funcionário R$ 903,00.

Outras redes municípais estão em greve ou se mobilizando, com uma pauta de reivindicações semelhante: São Gonçalo está em greve desde o dia 25 de março; Duque de Caxias está realizando desde ontem uma greve de advertência de 72 horas, que poderá se ampliar, caso o prefeito Alexandre Cardoso não aceite as reivindicações da categoria; Niterói também começou hoje uma greve de 48 horas. 

A TV Memória Latina acompanhou a assembleia das redes estadual e municipal do Rio onde se decretou uma greve unificada que começará a partir do dia 12 de maio de 2014.
Veja na memorialatina.net  o vídeo da Assembleia.

Líder ferroviário morre aos 97 anos, deixando como legado história de coerência e coragem.

*Por Fatima Lacerda

Aos 97 anos de idade, o líder sindical Bentilho Jorge da Silva faleceu na segunda-feira, 5 de maio, na Engenhoca, em  Niterói, onde viveu nos últimos 35 anos, na companhia dos filhos. Eram nove.

Bentilho era ferroviário, militante do PCB, sofreu várias prisões políticas ao longo da vida. Era correligionário e amigo pessoal de Carlos Mariguella que chegou a realizar reuniões clandestinas no Barreto, em Niterói, em sua residência, nos idos 1967.

O líder ferroviário foi preso em 1967, permanecendo mais de um ano no DOPS, no Rio de Janeiro, onde foi barbaramente torturado. Depois de libertado, as perseguições continuaram, praticadas pelo “CCC” (Comando de Caça aos Comunistas). Outras prisões ocorreram na ditadura Vargas, quando atuava com Luís Carlos Prestes.

Como ferroviário foi dirigente sindical, ao lado de Batistinha, entre 1945 e 1963. Batistinha chegou a ser eleito deputado federal e, posteriormente, foi cassado e preso. Na época, Bentilho foi um dos coordenadores da sua campanha, sendo responsável pela redação do “Manifesto aos Ferroviários”.
O jornal comunista Imprensa Popular, de 11 de novembro de 1954, publica matéria sobre um atentado contra Bentilho, durante uma greve. A seguir a reprodução de um trecho da reportagem que atesta a coragem e disposição desse combatente militante político-sindical:

Tentou por duas vezes matar o velho dirigente
Acabou o agressor batendo em retirada — 16 trabalhadores arbitrariamente transferidos— Restrição ao direito de greve.

O almoxarife-chefe da Oficina da Leopoldina em Niterói, Antônio Leão Diniz, fêz dois disparos de revólver, ontem de manhã, em pleno local de trabalho contra o ferroviário Bentilho da Silva, um dos dirigentes operários da última greve naquela estrada-de-ferro.

Apesar de desarmado, o operário conseguiu agarrar-se com o agressor e finalmente desarmá-lo. Vendo-se vencido, o almoxarife chefe, que é conhecido inimigo dos trabalhadores, virou as costas e bateu em retirada.”  - a queixa foi registrada na delegacia de polícia.

Bentilho Jorge da Silva Filho, 55 anos, seguiu os passos do pai, a quem sempre se referiu com profundo orgulho e respeito. “Fonte” dos dados relatados, também se tornaria um líder sindical  (metalúrgico) e considera que o grande legado de seu pai, para ele, foi “a consciência de classe”. Mas também – acrescento - uma grande alegria, amor pela natureza e a certeza de que, pela mão dos trabalhadores, um dia ainda será construído um mundo melhor.

Fonte: * É jornalista da Agência Petroleira de Notícias.

ENCONTROS ESTADUAIS DOS BANCOS PÚBLICOS




Primeiro Passo da Campanha Salarial 2014

Nos próximos sábados, 10/05 e 17/05, acontecem respectivamente os Encontros Estaduais do funcionalismo do BB e da Caixa. Pelo calendário montado pelas direções majoritárias no movimento sindical bancário, leia-se CUT, seria o primeiro espaço para começar uma discussão sobre nossas reivindicações, a conjuntura política atual e as táticas a serem adotadas em nossa campanha salarial.
   
Infelizmente não é isso que temos visto. Nos últimos anos as pautas propostas para esses encontros não deixam espaço para debates sobre as questões que mais afligem os bancários dos Bancos Públicos, montam-se mesas de palestras e ao final delas imediatamente se faz a eleição de delegados para o Encontro Nacional.

Se nós quisermos mudar o rumo das nossas últimas campanhas e partir para uma luta consistente para barrar os ataques desferidos pelo BB e a Caixa contra nossas condições de vida e trabalho, além da busca de novas conquistas, o primeiro passo é participar desses Encontros, que são abertos à participação de todo o funcionalismo, exigir a mudança da pauta e garantir a eleição de delegados comprometidos com a construção de uma campanha salarial para valer.

Aos que ficam reclamando sem participar, fazemos uma alerta, a cada omissão que cometemos estamos abrindo espaço para que tudo continue na mesma e ainda piore, estão aí as reestruturações internas prejudicando milhares de funcionários, nosso piso salarial está muito abaixo das necessidades mínimas de um trabalhador, nosso plano de cargos é uma piada e ficamos reféns da comissão.


BANCÁRIOS DO BB E CAIXA: COMPAREÇAM AOS ENCONTROS ESTADUAIS !

SEM PARTICIPAÇÃO NÃO TEREMOS UMA CAMPANHA SALARIAL FORTE !


ENCONTRO DOS FUNCIONÁRIOS/AS DO ESTADO DO RJ DO BANCO DO BRASIL

10/05/2014 – SÁBADO – LOCAL: AUDITÓRIO DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO RJ
CREDENCIAMENTO: 9 ÀS 12 HORAS.
ELEIÇÃO DE DELEGADOS: 12 HORAS   

ENCONTRO DOS FUNCIONÁRIOS/AS DO ESTADO DO RJ DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

17/05/2014 – SÁBADO – LOCAL: AUDITÓRIO DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO RJ
CREDENCIAMENTO: 9 ÀS 12 HORAS.
ELEIÇÃO DE DELEGADOS: 12 HORAS

sexta-feira, 9 de maio de 2014

NOTA DE ESCLARECIMENTO


A Unidade Classista (UC) é uma corrente sindical da esquerda revolucionária que atua com a perspectiva de ajudar no processo de organização dos trabalhadores para enfrentar o sistema capitalista.


Alinhada com as diretrizes do PCB, a Unidade Classista é independente de governos e patrões. Nela atuam militantes partidários e outros simpatizantes que concordam com a sua linha de ação tática e estratégica no enfrentamento ao capital.


Consolidada a sua organização, através do I Congresso, há pouco mais de um ano, a Unidade Classista vem se inserindo nas mais importantes lutas que a classe trabalhadora vem travando neste último período. E propõe, de forma militante, a estar presente na luta cotidiana dos trabalhadores da cidade e do campo, em especial junto aos setores estratégicos da economia onde o capital se reproduz, bem como junto aos jovens trabalhadores e às entidades responsáveis pela formação da força de trabalho.


A Unidade Classista entende que o foco mais imediato deve ser a luta constante por melhores condições de vida, salário e trabalho, que faça avançar a ampliação dos direitos e conquistas históricas da classe trabalhadora. Entende que a formação sindical e política desempenha papel importante dentro deste processo, [e por isso] disponibiliza cursos que contribuam para elevar o patamar de consciência crítica do proletariado. Só assim será possível articular as lutas mais imediatas, de curto prazo, com lutas mais estratégicas e profundas, visando a construção de uma sociedade socialista.


É oportuno esclarecer que a participação, como convidado, de um representante do PCB na mesa de abertura do congresso de fundação que deu origem a Central Intersindical, no último dia 30 de março, teve por objetivo saudar, e não definir a adesão da Unidade Classista, a iniciativa das organizações fundadoras daquele instrumento de luta da classe, que juntará a outros na mesma trincheira contra a exploração capitalista.


Não estando integrada a nenhuma central sindical, a Unidade Classista, não poupará esforços para marchar com independência, ombreada a outras organizações com as quais tenhamos afinidades políticas e sindicais, dentro de uma perspectiva de unidade de ação ou formação de frente com caráter anti-imperialista e anticapitalista, sem hegemonismos ou autoproclamações.


Neste sentido, a Unidade Classista se empenhará para unificar todos os setores classistas rumo a um ENCLAT que tenha como horizonte a criação de uma central sindical, que unifique todas as organizações sindicais comprometidas com o avanço da luta dos trabalhadores na superação do modelo de sociedade alicerçada no mercado onde todas as necessidades humanas são transformadas em mercadoria.


COORDENAÇÃO NACIONAL DA UNIDADE CLASSISTA
http://csunidadeclassista.blogspot.com.br/2014/05/nota-de-esclarecimento.html

quinta-feira, 1 de maio de 2014

TESE DO 25º ENCONTRO NACIONAL DOS FUNCIONÁRIOS DO BB.

Encontro BB 2014- Tese Unidade Classista by Paulo Jorge

Viva o Dia Internacional do Trabalhador !


UC- Nacional

Trabalhadores(as)

O 1º de maio é o dia que a classe trabalhadora presta homenagens aos trabalhadores mortos em Chicago, no sangrento maio de 1886. É também o dia que homenageamos as heroicas lutas, vitórias e conquistas do movimento operário na luta de classes contra o capital e os crimes do imperialismo. É o dia que reafirmamos nossa decisão de seguir lutando nas batalhas do presente e do futuro, de seguir até a vitória final.

Para a Unidade Classista, este dia é um símbolo da luta da classe trabalhadora pela abolição da exploração do homem pelo homem, é um dia que nos convida a empunhar com mais força a bandeira pela unidade de nossa classe, e pela refundição dos movimentos dos trabalhadores com os movimentos populares, para criar condições de um contra-ataque que possa dar fim a situação atual.

Hoje em dia existem todas as condições para que todos nós tenhamos empregos e salários decentes, menos horas de trabalho e mais horas de tempo livre para outros afazeres necessários ao pleno desenvolvimento humano. Porém, o que vivemos é a perpétua ansiedade e insegurança pelo desemprego, o trabalho mal pago, o adoecimento e o empobrecimento.

O problema que nos tortura é o fato de que a riqueza gerada por milhões/ bilhões de trabalhadores e trabalhadoras, é apropriada por um punhado de capitalistas, ou seja, é o fato de que a produção não está voltada as necessidades do povo trabalhador, e sim, para o aumento da rentabilidade dos grandes grupos empresárias, dos grandes monopólios capitalistas.

Os gestores de plantão dos Estados burgueses, governos das mais variadas matizes, continuam oferecendo tremendos aumentos nos lucros e privilégios dos grupos monopolistas, dizendo ser esta a condição para superar a crise atual. Estes governos na verdade golpeiam a imensa maioria do povo, das classes trabalhadoras das cidades e dos campos.

No movimento sindical mundial, hoje largamente hegemonizado pelas orientações da Central Sindical Internacional (C.S.I.), no Brasil pela CUT, Força Sindical e suas sócias menores,  campeiam o velho e o novo sindicalismo governamental-patronal, que ajudam a propagar o engodo de que somos afetados pelo resultado de uma má gestão dos governos, seriam apenas distorções no sistema.

Rechacemos este sindicalismo pelego que todos os dias nos submete às pretensões da burguesia. Denunciemos os sindicalistas traidores que se converteram nos melhores vendedores da exploração e ávidos partidários da competitividade, que vão semeando em cada lugar de trabalho, o corporativismo, o conformismo, a frustração e o derrotismo.

Este mesmo sindicalismo quer nos manter na obscuridade. De sua boca nada sai sobre a causa real, o único culpado pela destruição de milhões de vidas: o capitalismo, o caminho capitalista de desenvolvimento, os monopólios. Um sistema econômico-social apodrecido e caduco onde as crises vão e vem, e se aprofundam, este sim, o único culpado pela destruição de milhões de vidas.

Temos que derrotar o velho e o novo peleguismo, que tem como bandeira a colaboração de classes. Estes são os melhores e mais fiéis servidores dos patrões, para poderem multiplicar seus lucros sem obstáculos. O caminho para esta empreitada passa pela necessária organização das lutas nos locais de trabalho e nos sectores de produção, como nos mostraram as recentes lutas dos Garis da cidade do Rio de Janeiro, dos operários das obras do COMPERJ, dos trabalhadores do transporte da cidade de Porto Alegre, dentre outras.

 Por isto, conclamamos aos companheiros e companheiras, de classe e de luta, que no próximo primeiro de maio, Dia do Trabalhador (e não do Trabalho, como a burguesia tenta se apoderar da data, para esvaziar de seu conteúdo de classe), enviemos uma sonora mensagem ao patronato, aos seus governos e ao sindicalismo pelego: Nos manteremos de pé e marchando, inflexíveis e incansáveis na defesa de nossos direitos, por nossas vidas, e por um futuro digno para nossos jovens e nossos filhos.

Gritemos em alto e bom som: Somos a classe que produz a riqueza!

Sem nossas forças físicas e intelectuais não se move nenhuma engrenagem no mundo. Para além dos fenômenos físicos o que move o mundo é o suor de nosso duro trabalho. Sem nós, a classe proletária, não pode haver riqueza. Porém, sem os capitalistas, que são um punhado de parasitas, pode haver.

Convertamo-nos em amos da riqueza produzida!

Lutemos por viver em um mundo onde nossas expectativas de trabalho e vida, se correspondam. Um mundo que não seja entremeado por guerras, pelo desemprego, pela insegurança. Onde se possa viver em paz, sem a propriedade privada dos meios de produção, sem a opressão e a brutalidade do sistema capitalista que vivemos. 

Nos esforcemos pela reconstrução, em bases classistas, do movimento operário e sindical.

Somos a classe do presente o do futuro !

Sabemos que não estamos sós, e temos como aliados as forças populares.

Preparemos o caminho para um futuro socialista.

Viva a classe trabalhadora mundial !

Viva o 1º de maio !