PCB-RR

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Maioria da direção do SEEB Rio rompe compromissos de campanha e ameaça nossa luta!

A Unidade Classista desde a sua fundação se posicionou contra as posições equivocadas das direções majoritárias dos bancários, representadas no Sindicato dos Bancários do Rio pela Contraf/CUT. Estivemos na oposição a estas direções até a eleição da sua atual diretoria, um ano atrás. Na ocasião entendemos que a recém-aprovada reforma trabalhista (na prática o fim da CLT) e a ameaça de imposição de um projeto de Deforma da Previdência (que impõe idade mínima de homens e mulheres e cria um sistema de capitalização que já fracassou na maioria dos países onde foi implementado) só poderiam ser enfrentadas através de uma ampla frente única de todas as organizações de trabalhadores que se posicionassem contra estes ataques. 

Com este objetivo, nós e outros companheiros - que também eram da oposição à direção majoritária dos bancários - decidimos apresentar uma proposta de Chapa Unitária para as eleições do Sindicato do Rio, fundamentada em princípios pelos quais todos os participantes da gestão deveriam se pautar. Entres os principais itens estão o "não aparelhamento" do Sindicato por nenhuma força política (o SEEB Rio é de todos os bancários e bancárias e não pode servir exclusivamente a uma organização) e a defesa da mais ampla democracia e transparência em todos os fóruns da categoria, pois só assim os bancários se incorporam à luta e só a participação da categoria nos leva a vitórias. 

Infelizmente, a maioria da direção do nosso sindicato não demonstrou compromisso com esses princípios: não chamam assembleias para que a categoria discuta formas de se organizar para resistir às demissões e descomissionamentos, negaram a setores minoritários da direção o acesso ao mínimo de estrutura para que se possa trabalhar (algumas secretarias sequer tem uma mesa ou computador) e nenhum dos membros do grupo da oposição bancária que estão hoje na direção possui liberação sindical. 

A categoria tem sido mantida afastada da entidade sindical. Quando há assembleias elas são mal convocadas, de forma que a presença majoritária seja de diretores do sindicato, o que tem garantido a aprovação das propostas apresentadas pelo setor majoritário da direção. Nas assembleias onde a participação dos bancários é maior, sequer é aberto microfone para que os presentes possam se manifestar a respeito do movimento, suas impressões, dificuldades, sugestões etc. Só pra lembrar um exemplo: na campanha salarial de 2018, na primeira grande assembleia que houve primeiro se votou a decisão pra depois abrir discussão! 

Conciliação com ataques inaceitáveis aos bancários 

Neste nosso jornal, você pode ver três exemplos de como a maioria da Direção do SEEB Rio está jogando pra trás a luta de resistência da categoria: no BB a Contraf/CUT está orientando a aceitação de uma proposta indecente do banco em relação à Cassi (a caixa de assistência à saúde dos funcionários do BB); no Itaú a Contraf "suplica" ao banco que "reduza o turnover" ao invés de organizar uma luta nacional contra as demissões e pela estabilidade no emprego; e na Caixa a Contraf/CUT menospreza a inteligência dos funcionários ao apresentar como "tendo avanços" uma reunião com o Presidente da Caixa na qual ele só trouxe más notícias. 

A condução burocrática e sem participação da categoria busca impedir que os bancários reajam contra essa passividade da maioria da direção sindical frente aos patrões. 
Finanças do SEEB: queremos transparência e democracia - Auditoria feita pelo movimento Já! 

As finanças do Sindicato estão num estágio muito preocupante. O balanço do SEEB apresenta um deficit de mais de 300 mil/ano, o que, segundo o setor majoritário, seria um rombo causado pelo fim do imposto sindical. O que eles não explicam é que, mesmo antes do fim do imposto sindical, balanços anteriores do SEEB Rio saíram de um Superavit de mais de ummilhão para um deficit de quase o mesmo valor, o que não se deu por falta de arrecadação. 

A Unidade Classista, desde o primeiro momento que assumiu cargos na direção do SEEB Rio, propôs a realização de uma auditoria nas contas do Sindicato, feita por uma Comissão de Notáveis composta por integrantes de todas as forças políticas presentes na sua direção. Tal comissão teria acesso a todos os documentos disponíveis do sindicato para que pudesse ser feita uma minuciosa apuração dos números do SEEB Rio a partir das duas últimas gestões até a atual. 

A maioria de direção não aceitou esta proposta e passou meses insistindo que a situação financeira do sindicato era insustentável, que não havia dinheiro para manter o Sindicato funcionado e chegando, inclusive, a acenar com a ameaça de intervenção no sindicato por motivo de insolvência, se medidas como a demissão em massa de funcionários não fossem implementadas. 

Ataque aos funcionários do Sindicato: "Faça o que eu digo, não faça o que eu faço!" 

Diante da questão do "rombo" nas contas do SEEB Rio, a primeira solução proposta pelo setor majoritário da direção tinha como carro chefe a demissão de todos os funcionários aposentados, além de conter aberrações como a "PJotização" de alguns cargos e a terceirização de algumas funções do sindicato. 

Foi bastante desagradável para nós termos que tentar convencer pessoas com muitos anos de atuação na categoria de que um Sindicato de Trabalhadores não pode adotar postura de patrão. Não podemos estar nas agências bancárias lutando contra as terceirizações, contra a PJotização, contra as demissões e o assédio moral, e dentro da "Nossa Casa" estarmos praticando contra os funcionários do sindicato todas as covardias que combatemos na categoria. 

Governos Burgueses fazendo escola: austeridade para uns e torneira aberta para outros 

Depois de tanto baterem na tecla das dificuldades financeiras, a maioria da direção apresentou uma proposta de orçamento para 2019 que elevava significativamente as despesas com repasses para federações e centrais, propunha elevação substancial nos gastos com eventos esportivos e recreativos, apresentava uma proposta de elevação dos gastos administrativos, além de outros disparates. 

A farsa do "rombo" foi desmascarada por eles mesmos, pois ficou claro que havia recursos disponíveis para o pagamento do funcionalismo. O que a maioria da direção do Sindicato pretendia com a demissão de funcionários era apenas utilizar os recursos gerados com o enxugamento da folha para outras "nobres" causas, como o aumento de repasses para federações que não se sabe até hoje porque ainda existem, e para dar mais dinheiro para centrais sindicais cujo controle sobre o destino dos gastos não está ao alcance dos bancários (assim como de nenhuma base de trabalhadores). 

Derrotar o Burocratismo Sindical é possível 

No rumo atual, as posições e encaminhamentos tomados pela maioria da Direção do SEEB Rio vêm manchando uma história magnífica de lutas e conquistas, não só para os bancários e bancárias, mas para todos o povo trabalhador do Rio de Janeiro. 

Diante de tantos absurdos cometidos pela maioria da direção do SEEB Rio, chamamos as companheiras e companheiros que, como nós, tem se posicionado criticamente e apresentado alternativas a este desastre anunciado para o qual está sendo levado o nosso Sindicato, a construírem conosco uma resistência aos desmandos do setor majoritário desta direção. 

Esta mudança de rumos é imprescindível e inadiável! 

Democracia e Transparência na gestão do SEEB Rio já!



Hesitação das Direções Sindicais não Ajuda

Diante de tantos ataques, a direção majoritária dos bancários, nomeadamente CUT e CTB, não se apresenta com instrumento capaz de ajudar a organizar a resistência do funcionalismo. Desde que começou esta nova onda de reestruturações, sequer foram chamadas assembleias para que os funcionários possam discutir formas de organização e resistência e que possam decidir sobre qual é a melhor estratégia a seguir. 

A CONTRAF - CUT limita-se a orientar os sindicatos de sua base a fazerem plenárias que não tem nenhum poder decisório e são muito mal convocadas. Quando elas ocorrem, as decisões tomadas pelos presentes não são postas em prática: são apenas encaminhadas como "orientações" à CONTRAF e às direções dos Sindicatos. Esta prática tem sido um dos principais fatores de desmoralização destes fóruns e de desencorajamento da organização e da luta pela manutenção dos direitos. 

Os delegados sindicais são convocados de tempos em tempospara participarem de atividades esvaziadas que de pouco ou nada adiantam quando se trata de pressionar a direção do BB, o que causa mais desmobilização na categoria. 

Pra piorar ainda mais, agora a Contraf/CUT apoia a aceitação de uma proposta indecorosa do BB para a Cassi, que entre outras aberrações destrói o princípio da solidariedade e aceita voto de Minerva do BB na Cassi! (ainda que "limitado") 

No "jogo" do BB, quem perde é o funcionalismo.

Temos que ter clareza de que, na lógica Paulo Guedes/Rubem Novaes, não tem "lugar ao sol" pra todo mundo! O Banco até criou jogos que são fundamentados na lógica da competitividade e da adesão dos trabalhadores a interesses que lhes são prejudiciais. A prova disso é que a produtividade dos funcionários do BB atingiu níveis inéditos, enquanto isso as condições salariais não chegam perto de acompanhar o ganho de produtividade. 

 Não é difícil chegar à conclusão que o verdadeiro jogo do banco é manter os funcionários distraídos com a frenética enxurrada de cursos, jogos e certificações, ficando cada vez mais alheios aos verdadeiros objetivos do Banco: a ampliação da produtividade e do lucro através das reestruturações, dos descomissionamentos, do assédio ao funcionalismo e da piora das condições de trabalho. 

Precisamos jogar o nosso jogo! Está claro que ficarmos quietos diante dos últimos ataques perpetrados pelo Banco não garantirá as comissões e, pior, com a ameaça de privatização, a possibilidade do desemprego passa a ser uma ameaça cada vez mais real pro funcionalismo. 

Para resistirmos à degeneração das nossas condições de trabalho precisamos apostar na nossa organização coletiva e independente. Somente resgatando a nossa história de lutas e fugindo do individualismo, incentivado por quem vai lucrar com a nossa desorganização, podemos virar o jogo! 

Vamos à luta!


Em defesa dos direitos e das liberdades democráticas!



Construir a greve geral para derrotar a deforma da previdência!

Com apenas 90 dias de mandato, o governo Bolsonaro vem enfrentando um crescente desgaste junto à opinião pública brasileira e no plano internacional. O governo Bolsonaro não pode ser considerado um governo clássico de direita. Cada dia alguém em sua equipe fala uma barbaridade, toma uma decisão absurda, publica uma notícia falsa, provoca um escândalo ou diz alguma coisa que gera chacota pelo mundo afora. Parece uma trupe alucinada constituída por folclóricos e desqualificados, o que tem certo sentido de verdade. 

Mas o núcleo central do governo está nos Ministérios da Economia e da Justiça, com Paulo Guedes determinado a aplicar com mais radicalidade a política neoliberal, por meio das contrarreformas - com destaque para a da Previdência -, que interessam ao capital transnacional. No Ministério da Justiça, Moro está incumbido de criar os meios legais para controlar a reação popular a este projeto, com a criminalização dos movimentos sociais, a imposição de mais dificuldades para o funcionamento dos sindicatos e a ampliação da repressão policial, do qual seu malfadado "pacote anti-crime" é mais um instrumento. 

Entretanto, o governo Bolsonaro navega em águas tempestuosas. As insatisfações de diversos setores sociais vêm desembocando, em grande medida, em denúncias e manifestações contrárias ao governo nas mídias alternativas e em parte da grande mídia. Muitos protestos foram registrados ao longo do carnaval, em manifestações espontâneas, em blocos e escolas de samba, incluindo enredos de protesto. Foi muito significativa a celebração do 8 de Março, com manifestações massivas em todas as cidades brasileiras. Protestos e greves de trabalhadores começam a eclodir, envolvendo várias categorias. 

Nunca uma mentira foi repetida tantas vezes, da maneira mais sem cerimônia possível, para ludibriar o povo como essa lorota de que a previdência é deficitária. Ao contrário do que é divulgado diariamente por autoridades governamentais e reproduzido incessantemente pela mídia, a previdência brasileira não é deficitária. Não existe rombo da previdência. É tudo manipulação para encher o cofre dos banqueiros e dos capitalistas em geral que vivem do rentismo. Recente relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado, presidida pelo senador Paulo Paim, provou isso de maneira cristalina, com números irrefutáveis. Mas não importa a verdade: o objetivo é desinformar, mentir para alcançar as metas do grande capital. 

Neste momento é essencial reforçar as mobilizações contra a Deforma da Previdência, em conjunto com outras lutas, como a defesa do SUS, da Educação e do patrimônio público. Foi muito importante o Dia Nacional de Luta Contra a Deforma da Previdência no último dia 22 de março: este foi um pontapé inicial para uma grande jornada de lutas. 

Intensificando a mobilização, com as divisões na base política do governo, É POSSÍVEL DERROTAR A DEFORMA DA PREVIDÊNCIA! Nesse foco devem ser concentradas as ações dos sindicatos, dos movimentos sociais, das entidades e dos partidos progressistas na construção de um poderoso movimento popular que seja capaz de deflagrar uma forte GREVE GERAL e barrar a Deforma da Previdência e os demais ataques do capital aos direitos sociais.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Regulamentação da profissão de Educador Social é aprovada na CAS do Senado

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou em decisão final, nesta quarta-feira (10), o Projeto de Lei do Senado (PLS) 328/2015, que regulamenta a profissão de educador social. A proposta já foi aprovada pelas Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Educação, Cultura e Esporte (CE). O senador Paulo Paim (PT-RS) foi relator em todos os colegiados.
De autoria do senador Telmário Mota (Pros-RR), o PLS 328/2015 foi modificado por emendas de Paim. Ao definir o campo de atuação dos educadores sociais, uma das emendas procurou deixar claro que os profissionais devem exercer ações de educação e mediação no campo dos direitos e deveres humanos, da justiça social e do exercício da cidadania.
Essa emenda também definiu como alvo da atenção dos educadores pessoas de “qualquer classe social, sexo, etnia, cultura, nacionalidade e outras, por meio de promoção cultural, política e cívica”. O alcance do PLS 328/2015 era restrito, originalmente, ao atendimento a segmentos sujeitos a risco de violências ou socialmente excluídos, como mulheres, crianças e adolescentes, negros, indígenas e homossexuais.

Paim explicou, no parecer, que essa mudança no público alvo do atendimento foi sugerida por profissionais e entidades que atuam na área. Ainda segundo o relator, ao se imprimir caráter universal aos atendimentos feitos pelos educadores sociais, sua emenda ampliou as próprias possibilidades de exercício profissional da categoria.
Nível superiorOutra emenda apresentada por Paim exige nível superior para quem ingressar na carreira após a transformação do projeto em lei. Mas admite nível médio como escolaridade mínima para os educadores que já estiverem em atuação na data de publicação da norma.

Por fim, a terceira emenda tratou de excluir da proposta obrigações atribuídas a estados e municípios, como a imposição do uso da denominação “educador social” para os profissionais já envolvidos nesse campo de atividade. O texto original ainda determinava que estados e municípios criassem e preenchessem cargos públicos de educador social, além de elaborar planos de cargos, carreira e de remuneração da nova profissão. Tais medidas foram excluídas pelo relator por afetar a autonomia das unidades federadas, sendo, portanto, inconstitucionais.
O PLS 328/2015 segue para a Câmara dos Deputados.

Publicado em https://luizmuller.com

quarta-feira, 10 de abril de 2019

BB: NOVO GOVERNO, VELHAS PRÁTICAS

Nepotismo, Reestruturações, Descomissionamentos e Ameaças de Privatização

Com a posse do novo Presidente de República, as notícias desencontradas sobre as suas intenções em relação ao Banco do Brasil foram se confirmando.

Para abrir com chave de ouro, o filho do Vice-Presidente, Hamilton Mourão, assumiu um cargo de assessor da presidência do BB, com salário 3 vezes maior do que o que tinha. O governo que se apresentava como carrasco dos privilégios e das nomeações
de apadrinhados já caiu a máscara!

É verdade que políticas desastrosas dos governos FHC, Lula/Dilma e Temer provocaram graves prejuízos ao banco. Decisões como a compra de 49% de participação no Banco Votorantim (que gerou prejuízos de mais de 3 bilhões), sem falar no empréstimo de bilhões de reais para a SETE BRASIL que foi o responsável maior pelo péssimo desempenho na PCLD do Banco, buraco que foi prontamente tapado pelo extraordinário desempenho dos funcionários.

Para fazer frente ao prejuízo que eles mesmos causaram, a direção do BB resolveu adotar uma política de taxas altíssimas aliada a uma reestruturação brutal, com a migração das carteiras das agências para os escritórios e o descomissionamento de centenas de colegas, muitos deles ainda sem recolocação, outros ocupando funções com salário menor do que a anterior.

Esta política só aprofundou mais o desgaste dos funcionários e dos clientes, que migraram em massa para a concorrência. Prova disso foi o derretimento da carteira de crédito do BB, sobretudo na PJ.

Resultado: pandemônio nas agências de “fluxo” que foram alijadas de todas as suas carteiras e perderam parte significativa do quadro de funcionários, carteiras que perderam muitos dos seus principais clientes e todo um trabalho de recuperação de uma base de clientes que nos deixaram por conta do desastre na gestão do Banco do Brasil.

Hesitação das Direções Sindicais não Ajuda

Diante de tantos ataques, a direção majoritária dos bancários, nomeadamente CUT e CTB, não se apresenta com instrumento capaz de ajudar a organizar a resistência do funcionalismo. Desde que começou esta nova onda de reestruturações, sequer foram chamadas assembleias para que os funcionários possam discutir formas de organização e resistência e que possam decidir sobre qual é a melhor estratégia a seguir.

A CONTRAF – CUT limita-se a orientar os sindicatos de sua base a fazerem plenárias que não tem nenhum poder decisório e são muito mal convocadas. Quando elas ocorrem, as decisões tomadas pelos presentes não são postas em prática: são apenas encaminhadas como “orientações” à CONTRAF e às direções dos Sindicatos. Esta prática tem sido um dos principais fatores de desmoralização destes fóruns e de desencorajamento da organização e da luta pela manutenção dos direitos.

Os delegados sindicais são convocados de tempos em tempos para participarem de atividades esvaziadas que de pouco ou nada adiantam quando se trata de pressionar a direção do BB, o que causa mais desmobilização na categoria.

Pra piorar ainda mais, agora a Contraf/CUT apoia a aceitação de uma proposta indecorosa do BB para a Cassi, que entre outras aberrações destrói o princípio da solidariedade e aceita voto de Minerva do BB na Cassi! (ainda que “limitado”)

No “jogo” do BB, quem perde é o funcionalismo

Temos que ter clareza de que, na lógica Paulo Guedes/Rubem Novaes, não tem “lugar ao sol” pra todo mundo! O Banco até criou jogos que são fundamentados na lógica da competitividade e da adesão dos trabalhadores a interesses que lhes são prejudiciais. A prova disso é que a produtividade dos funcionários do BB atingiu níveis inéditos, enquanto isso as condições salariais não chegam perto de acompanhar o ganho de produtividade.

Não é difícil chegar à conclusão que o verdadeiro jogo do banco é manter os funcionários distraídos com a frenética enxurrada de cursos, jogos e certificações, ficando cada vez mais alheios aos verdadeiros objetivos do Banco: a ampliação da produtividade e do lucro através das reestruturações, dos descomissionamentos, do assédio ao funcionalismo e da piora das condições de trabalho.

Precisamos jogar o nosso jogo!

Está claro que ficarmos quietos diante dos últimos ataques perpetrados pelo Banco não garantirá as comissões e, pior, com a ameaça de privatização, a possibilidade de desemprego passa a ser uma ameaça cada vez mais real pro funcionalismo.

Para resistirmos à degeneração das nossas condições de trabalho precisamos apostar na nossa organização coletiva e independente. Somente resgatando a nossa história de lutas e fugindo do individualismo, incentivado por quem vai lucrar com a nossa desorganização, podemos virar o jogo!

Vamos à luta

Unidade Classista Bancários - RIO

NA CAIXA, DESMONTE RUMO À PRIVATIZAÇÃO


Representantes dos empregados da Caixa se reuniram no último dia 26/03 com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. A reunião foi marcada pelo anúncio de retrocessos, como fechamento de agências, novo programa de desligamento de empregados e a confirmação da venda das áreas mais rentáveis do banco.
O desmonte da Caixa é uma das prioridades do governo Bolsonaro. O presidente do banco, Pedro Guimarães, reafirmou que segue decisão do governo de abrir o capital da Caixa e que serão oferecidas para a iniciativa privada as áreas de cartões, seguros e loterias. O desmonte do banco também passará pelo fechamento de agências. Guimarães anunciou que haverá encerramento de unidades e abertura de outras, além da ampliação das lotéricas, com abertura de 7 mil novas.
Num quadro desses, é muito estranho e sem sentido que a Contraf/CUT tenha anunciado que “reunião com Presidente da Caixa termina com avanços”. Que avanço, “cara-pálida”? Autorização para admitir novos empregados numa quantidade que não cobre metade dos desligamentos dos últimos PDVs? PLR reduzida graças a um prejuízo artificialmente imposto no balanço do 4º trimestre de 2018?
A Contraf/CUT está cada vez mais distante de representar efetivamente os bancários da Caixa e de todos os bancos. Basta ver que agora os empregados da Caixa “descobriram” um detalhe do Acordo Coletivo assinado ano passado que tinha passado batido (por mais que os representantes da Comissão de Empresa do Empregados da Caixa afirmem que isso foi esclarecido): empregado de 6 horas agora bate 30 min de almoço e marca a saída com jornada de 6:15h!
Além disso, para os empregados da Caixa no RJ a CEE ficou devendo a resposta: que história é essa do Presidente da Caixa anunciar de boca que o pessoal do Barrosão vai ser transferido para o “Porto Maravilha”? A Unidade Classista exige o cumprimento do acertado e a garantia da transferência para o prédio do Passeio Corporate – que aliás já está em andamento. Se voltarem com essa irresponsabilidade de querer transferir o pessoal pro “meio do nada ao lado de lugar nenhum”, a Unidade Classista vai exigir que o Sindicato chame uma assembleia pra decretar greve de ocupação no Barrosão!
Unidade Classista Rio