A
Bahia e Sergipe queriam mais, afinal o lucro líquido dos bancos bate
recorde a cada ano e em 2012 ultrapassou os R$ 50 bilhões. No entanto,
como sempre, o índice aprovado na Conferência Nacional dos Bancários,
realizada no fim de semana, em São Paulo, foi rebaixado para 5% de
aumento real mais a reposição da inflação, projetada em 6,6%.
O
percentual de 11,93%, defendido pela corrente ligada a CUT, está longe
do que reivindicavam os delegados classistas da Bahia e Sergipe, 10% de
aumento real mais a inflação do período, ou seja, reajuste em torno dos
17%.
“O evento teve debates importantes, mas no quesito remuneração deixou a desejar. Os bancos formam o setor mais lucrativo da economia nacional, no entanto, o funcionário não é valorizado. Pelo contrário. Sofre com a cobrança de metas, o assédio moral e o desemprego. A categoria merece mais do que 5% de aumento real”, destaca o presidente do Sindicato da Bahia, Euclides Fagundes.
“O evento teve debates importantes, mas no quesito remuneração deixou a desejar. Os bancos formam o setor mais lucrativo da economia nacional, no entanto, o funcionário não é valorizado. Pelo contrário. Sofre com a cobrança de metas, o assédio moral e o desemprego. A categoria merece mais do que 5% de aumento real”, destaca o presidente do Sindicato da Bahia, Euclides Fagundes.
A
pauta de reivindicações inclui ainda piso de R$ 2.860,21, PLR de três
salários mais parcela adicional fixa de 5.553,15, vales de um salário
mínino, ou seja, R$ 678,00 garantia de emprego, mais contratações,
investimento em segurança e o combate ao projeto de lei 4330, que
regulamenta a terceirização e precariza as condições de trabalho.
A
Conferência Nacional dos Bancários reuniu, em três dias, 629 delegados
de todo o país, eleitos nas etapas regionais. A delegação da Bahia e
Sergipe era composta por 31 pessoas entre delegados e observadores.
Agora, a mobilização entra em nova etapa, com a entrega da minuta no dia
30 de julho, o lançamento oficial da campanha salarial e as
tradicionais manifestações nas agências.
Principais pontos aprovados
• Reajuste salarial de 11,93% – 5% de aumento real, mais inflação (projetada em 6,6%)
• PLR – três salários mais R$ 5.553,15
• Piso – R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese)
• Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá – R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional)
• Melhores condições de trabalho com o fim das metas e do assédio moral
• Emprego
– fim das demissões em massa, ampliação das contratações, aumento da
inclusão bancária, combate às terceirizações e contra o PL 4330 que
libera e precariza as condições de trabalho, além da aprovação da
Convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada)
• PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) – para todos os bancários
• Auxílio-educação – pagamento para graduação e pós
• Segurança nas agências e proibição do porte das chaves de cofres e unidades por bancários
• Igualdade de oportunidades, com a contratação de pelo menos 20% de afro-descendentes
http://www.bancariosbahia.org.br
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