Unidade Classista/RJ
Os rodoviários do Rio de Janeiro
entraram em greve pela segunda vez nesse mês de maio. A maioria da
categoria atendeu à convocação daqueles que discordaram do acordo
assinado pela direção do Sindicato (SINTRATURB) e aderiu com força ao
movimento. Nesse acordo o reajuste salarial previsto seria de apenas
10%, enquanto os grevistas frente ao arrocho sofrido reivindicam 40%.
O SINTRATURB surgiu de uma dissidência
do velho Sindicato dos Rodoviários, tradicional aliado dos empresários e
que há muito tempo vinha traindo a luta dessa categoria. Mas parece que
o novo sindicato não aprendeu a lição, apesar de ter sido fundado com
um discurso que criticava o imobilismo do antigo, pois já está colocando
em prática as velhas táticas do peleguismo a serviço dos patrões e do
governo, ou seja, assembleias mal convocadas, falta de democracia na
condução da campanha, entraves à organização dos trabalhadores e, por
fim, assinatura de acordos rebaixados.
Com tudo isso, um setor dos
trabalhadores rodoviários não se intimidou e resolveu contestar o acordo
e partir para a luta por suas reivindicações. A grande adesão à greve
mostrou de forma cabal que eles estão com a razão, e que o acordo
assinado não atende minimamente aos interesses da categoria.
Na mídia a greve é tratada como “greve
dos ônibus”, como se máquinas fizessem greve. Pior, dizem que é um
movimento com interesses políticos, obscuros, organizado e infiltrado
por pessoas de fora da categoria. Juntos, Governo Estadual, Prefeitura e
donos de empresas de ônibus comandam o coro dessa mídia amestrada,
jogam a polícia para reprimir os trabalhadores, vão ao Judiciário exigir
medidas contra os grevistas, no que são prontamente atendidos, através
de uma juíza que concedeu uma liminar proibindo os lideres do movimento
de, entre outras coisas, “se aproximarem das garagens”.
O problema é que estão deixando à
solta os principais “incitadores” dessa greve, e eles são bem
conhecidos: os baixos salários, a dupla função e as péssimas condições
de trabalho. Com esses subversivos atuando vai ser muito difícil conter o
movimento.
TODO APOIO À GREVE DOS RODOVIÁRIOS DO RIO E DA BAIXADA FLUMINENSE
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