PCB-RR

domingo, 16 de outubro de 2011

SEGUNDA-FEIRA É DIA DE GREVE E ASSEMBLÉIAS PARA DECIDIR OS RUMOS DO MOVIMENTO


Finalmente, na sexta, dia 14/10, após dezoito dias da greve nacional dos bancários, os banqueiros se dispuseram a negociar uma nova proposta de acordo coletivo. Durante essa greve, nos deparamos com as ameaças e a intransigência da FENABAN e do governo Dilma (leia-se PT-PMDB e seus sócios menores), querendo impor o desconto dos dias parados, tomando medidas judiciais contra a greve e recusando-se a reabrir as negociações.
Esse endurecimento já era previsto, diante da crise capitalista internacional o governo e a burguesia buscam tomar medidas preventivas, todas elas vão no sentido de jogar os custos sobre os ombros da classe trabalhadora. Assim como já vem sendo feito na Europa e nos EUA, provocando nesses países uma reação cada vez maior dos trabalhadores e populares contra o corte de direitos, redução dos salários, demissões e  aumento dos impostos.
Como dissemos em nosso comunicado anterior: “A grande dificuldade, é que a CUT, direção majoritária nos principais sindicatos, não preparou os bancários para o duríssimo enfrentamento que se avizinha”. Fato confirmado pelo desenrolar da greve, com um modelo de campanha que afastou a participação ativa da categoria nos eventos da luta, como piquetes, manifestações e assembléias. Aqui no Rio de Janeiro, o sindicato se limitou a convocar assembléias ditas “organizativas” durante a paralisação, as quais compareciam em média sessenta pessoas, a maioria absoluta composta de diretores ou delegados sindicais.
Agora o comando nacional convoca a categoria para a terceira e última assembléia dessa campanha, orientando para aprovação da proposta apresentada pelos bancos. Mas como nos últimos anos, as assembléias serão separadas, bancos privados, Banco do Brasil e Caixa. Ou seja, um movimento que começou unificado por uma pauta única da FENABAN, de forma inexplicável tem sua conclusão avaliada em assembléias distintas. Quando logicamente deveríamos avaliar as propostas da mesa única com todos os interessados juntos, e posteriormente realizarmos assembléias separadas sobre as questões específicas.
Nossa opinião é de que cabe a nós bancários, principalmente os que fizeram a greve acontecer, definir os rumos desse movimento grevista. Por isso mesmo, é fundamental a presença de todos nas assembléias convocadas para o dia 17/10, segunda-feira. Nelas precisamos, não só avaliar a proposta patronal, mas principalmente,  as condições do nosso movimento até aqui, para que possamos decidir se aceitamos o acordo proposto ou se temos nesse momento capacidade de prosseguir na greve para arrancar uma proposta superior a que foi apresentada.

Assembléias no Rio de janeiro, nesta segunda, 17/10, 18 horas.

Bancos Privados: Sindicato, Av. Presidente, 502, 21º andar.

Banco do Brasil: ABI, Rua Araujo Porto Alegre, 71, 9° andar.

Caixa Econômica: Galeria, Av. Rio Branco, 120, 2º andar.

Um comentário:

  1. Com essa divisão de assembléias dificilmente os empregados da Caixa terão força para continuarem a greve por um período maior. Isso que ocorre é baseado num antigo ditado "dividir para vencer" ou seja sem união há uma quebra na força do movimento e isso já aconteceu com os telefônicos há uns 18 anos atras. Se os bancários da Caixa permanecerem em greve a opinião pública será contrária a nós. O Sindicato e a Contraf fizeram um alarde enorme para não aceitarmos as migalhas que os banqueiros nos ofereciam e no final teremos 1,5% de aumento real que segundo a Contraf é uma vitória histórica, seria cômico se não fosse trágico, pede-se 12% e recebe-se 9%, será que o pessoal da Contraf e do Sindicato sabem matemática financeira?

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