PCB-RR

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Basta de manobras da FUP no interior do movimento sindical

O que quer a FUP em aceitar a proposta da Petrobrás a qualquer preço, mesmo que ela não garanta que não haja represália aos grevistas nem a manutenção da integridade da empresa? Soa estranho que um sindicato, eleito para defender o trabalhador, aceite que este pague pelos dias parados durante a greve (causada por total inabilidade e truculência da gestão) e ainda tenha a desfaçatez de dizer que é melhor assim. Soa estranho que um sindicato se utilize de manobras “a la Cunha”,convocando assembleias em horários atípicos e em cima da hora, contando apenas com seus partidários previamente informados. Ou ainda, em caso de derrota, refaça a assembleia até que sua posição saia vencedora. 

Essas atitudes desses setores acabam por enfraquecer o movimento sindical e afastar a categoria da luta. É mister a unidade do movimento sindical na luta por melhores condições de trabalho, e no caso dos petroleiros, também na defesa da empresa, que é nosso patrimônio, é alvo da cobiça internacional e está sendo severamente espoliada nas mãos dos privatistas. 

A verdade é que esta greve trouxe um fato novo memorável: o resgate da luta real, que só foi possível com a quebra da hegemonia da FUP/CUT. Estes setores vinham implantando uma lógica de mero teatro nas negociações anteriores com a diretoria, numa relação de plácido compadrio entre partidários do governismo. A intensidade da greve fez as máscaras deste teatro caírem, forçando a FUP a pegar uma envergonhada carona no movimento. 

A greve mostrou-se vitoriosa até aqui, arrancando a promessa de manutenção das cláusulas dos ACTs anteriores e garantindo um reajuste salarial mais digno, mas tem potencial de avançar ainda mais. Porém, na primeira oportunidade, a FUP rói a corda, tentando frear um movimento grevista avassalador e justo, desrespeitando a decisão da maioria em assembleias, ou calando a voz de companheiros de luta, como no Norte Fluminense, por truculência. 

O resultado é claro: a categoria não aceita traição e falsidade. Bases estratégicas como Espírito Santo, Bacia de Campos e Litoral Paulista dão uma aula de firmeza, mantendo a greve em solidariedade aos bravos petroleiros que foram vanguarda na luta, para que não corram risco de represálias.

Todo apoio e reconhecimento aos colegas protagonistas nesta greve histórica em defesa da Petrobrás! Não aceitaremos punições aos mais destacados petroleiros, nem a continuidade dos planos de privatização da nossa Petrobrás!

Fonte;http://csunidadeclassista.blogspot.com.br/

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