PCB-RR

terça-feira, 19 de novembro de 2013

ITAÚ, BRADESCO E SANTANDER, CAMPEÕES DO LUCRO E DAS DEMISSÕES, ATÉ QUANDO?



Os balanços apresentados pelos grandes bancos privados em 2013 não deixam qualquer dúvida, o setor bancário continua dominando em termos de lucratividade a economia brasileira. Mas, enquanto os banqueiros comemoram, os bancários desses bancos amargam um cotidiano de pressão violenta pela produtividade, combinada com o terror das demissões.

O Santander até setembro de 2013 cortou 3.414 postos de trabalho, nos últimos doze meses a redução é ainda maior, 4.542, ou 8,2% do total de empregados. No Bradesco, com o baita lucro de nove bilhões de reais nos três primeiros trimestres de 2013, houve a extinção de 1.975 vagas nesses primeiros nove meses do ano. Nessa corrida contra o emprego o Itaú não podia ficar para trás, nos últimos trinta meses eliminou 16.582 empregos diretos. Os bancários do Itaú sabem muito bem o que isso significou: mais sobrecarga de trabalho, ou seja, mais exploração, o que gerou onze bilhões de lucro até setembro/2013, 5,8% superior ao mesmo período de 2012.

O quadro acima reforça a necessidade dos bancários saírem da passividade e buscarem na força da sua organização o remédio contra tanta exploração. Se o modelo de sindicalismo cutista não serve para enfrentar os banqueiros e sua sede de lucros, cabe a nós bancários darmos os primeiros passos para corrigir os rumos do nosso Sindicato. Sabemos das dificuldades para nos organizarmos, a repressão e o terror das demissões são inimigos poderosos, mas não são invencíveis. 

Não podemos esperar a próxima campanha salarial, a luta contra as demissões deve começar de imediato. Não faz sentido chegarmos ao final de mais uma campanha sem um acordo de garantia no emprego. Nas agências e regiões de concentração bancária, precisamos conversar com os colegas para darmos os primeiros passos. Para avançarmos vai ser necessário construir grupos e comitês de base, protegidos dos dedos duros, que permitam a participação ativa dos bancários, sem a qual, nenhuma luta terá perspectiva de êxito
 

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