PCB-RR

terça-feira, 1 de outubro de 2013

FORTALECER A GREVE PARA ARRANCAR NOVA NEGOCIAÇÃO

 Parece que o governo e os banqueiros não estão se importando muito com a nossa greve, depois da rejeição da proposta apresentada pelos bancos, nenhuma reunião para retomar as negociações foi agendada pela FENABAN. A paralisação, iniciada dia 19/09, completou doze dias repetindo o esquema dos anos anteriores, ou seja, enquanto muitas agências e prédios estão fechados, muitos bancários continuam trabalhando no interior dessas dependências ou em locais alternativos, os chamados “sites de contingência”.
 
Para forçar a reabertura da mesa de negociações seria preciso intensificar a greve, ampliar a adesão, paralisando aqueles serviços que continuam a funcionar gerando lucros para os bancos. Essa condição só pode ser alcançada com a participação da categoria, mas infelizmente, após a decretação da greve por tempo indeterminado a maioria esmagadora dos bancários que aderiram ao movimento optou por fazer a greve em casa. As assembleias organizativas, chamadas pelo Sindicato, contam com umas poucas dezenas de presentes, em sua maioria diretores e delegados sindicais, insuficientes para colocar em marcha um plano de intensificação da greve como é necessário diante da intransigência da FENABAN e do governo Dilma.


Os nossos esforços devem continuar, apesar de tudo, no sentido de fortalecer a greve. Nós, da Unidade Classista, defendemos que qualquer nova proposta dos banqueiros sobre a pauta única deve ser analisada por uma Assembleia Unificada de bancos públicos e privados, assim como foi a que deflagrou a greve. Posteriormente, as Assembleias separadas devem debater as pautas especificas. 


Outro ponto importante é o horário das Assembleias, consideramos um completo absurdo a diretoria do Sindicato convocar para as 18h30, facilitando assim, a presença daqueles que estão boicotando o nosso movimento, furando a greve. Assembleia durante o período da greve é para ser realizada durante o dia, quem deve decidir os rumos do movimento é quem está participando dele. Assim como fazem os professores, metalúrgicos, petroleiros e demais trabalhadores, defendemos que as nossas assembleias sejam convocadas para às 16 horas.


Se queremos arrancar uma nova negociação e garantir nossas reivindicações, está na hora de darmos um passo adiante. Fazemos um chamado aos bancários que estão em greve para comparecer às assembleias e atividades. Aos que ainda não aderiram ao movimento, lembramos que o enfraquecimento da luta coletiva terá consequências negativas para todos. O piso salarial rebaixado, o incremento do assédio, das pressões descabidas, a retiradas de comissões, as reestruturações e despedidas em massa, tudo isso só é possível quando prevalece o individualismo e falta de solidariedade de classe.

UNIDADA CLASSITA – BANCÁRIOS -RJ


Um comentário:

  1. Sim, sem unidade não há força.
    Mas gostaria de salientar a respeito não só da unidade, mas, a respeito também do horário em que são convocadas as assembleias, fica para muitos o horário das 18h00min impraticável, outro detalhe que visualizo em relação a este horário é o de que serão para aqueles que estão furando a greve, pois o expediente termina as 16h00min.
    Não, os horários de assembleias devem ser exatamente nos horários em que deveria haver expedientes, entre as 14h00min e 16h00min em diante.
    Não quero ser eu, em momento algum dono da verdade, mas o horário das 18h00min ficou mais vulnerável, por vários outros motivos, tais, violência urbana, deslocamento e o principal de todos, trata-se de horário propicio para aqueles que possuem suas funções gratificadas (com seus chicotes em punho), a comparecerem e frustrar a campanha, pois são “cobrados” pelas metas abusivas, que nós temos que cumprir, votando em favor do termino da paralisação, a paralisação é a forma constitucional que temos para reivindicar nossos direitos e termos UNIDADE, para que não sejamos assombrados pelo silencio dos poderosos, podem ter certeza de que eles estão escutando, o nosso barulho e movimento de forma pacifica e ordeira, pois não somos vândalos.
    Peço àqueles que lerem este comentário, possam refletir, tenho consciência de muitos estão sofrendo assédio moral para furarem a greve, como é o caso dos companheiros do setor privado, mas não é justo, com um lucro de R$60 BI, os gananciosos sequer assentaram-se a mesa para proporem uma nova rodada de negociação.
    Séra que estamos vivendo tempos passados, dos coronelismos! Não, hoje os tempos são muito piores, é a ganancia do CAPITALISMO, a qualquer preço.
    Irei terminando por aqui, caso em que, acabarei escrevendo um livro. Peço apenas mais uma vez, que os companheiros representantes de nossa categoria, revejam o horário das assembleias.

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