Mais um plano macabro de ataque ao
funcionalismo
Na última sexta-feira, 26/10, a
gerência do CSL do Rio de Janeiro foi reunida para receber o comunicado de que
um novo plano de reestruturação será implementado a partir de novembro. Sem
descer aos detalhes do plano em questão, em linhas gerais, foi informado que os
CSL e CSO de todo o país serão reunidos em novas unidades de serviços visando à
centralização dos mesmos. As unidades centralizadoras serão localizadas em
Curitiba, São Paulo e Belo Horizonte. Nas outras capitais ficariam apenas
pequenas unidades de apoio.
Nós, bancários do BB, já passamos
por outras experiências desse tipo e sabemos muito bem quais são seus objetivos
e como elas terminam. Obviamente essa nova reestruturação quer reduzir custos
administrativos, como sempre, cortando vagas e comissões na área meio, em
conseqüência sobrecarregando de trabalho os bancários que permanecerem neste
segmento. Também não estará descartado o aumento da terceirização.
O mistério envolvendo esse plano,
que vem sendo comentado há mais de um ano, começa a se desfazer a conta gotas. O
estranho é que mesmo a sua divulgação é feita de forma parcial, não houve um
lançamento oficial pela diretoria do Banco, as unidades vão sendo informadas e
de forma muito parcial, aos poucos. Não se entra em detalhes, não se falou em
dotações de pessoal ou sobre quais os serviços vão ser efetivamente
centralizados. Como se tudo isso já não estivesse definido pelo
Banco.
Mais estranho ainda, é a reação do
movimento sindical, principalmente da famigerada CONTRAF-CUT. Até agora reina o
silêncio, como se nada estivesse acontecendo. Apenas o Sindicato de Pernambuco,
divulgou que no dia 19/10 se reuniu com o BB para colocar as preocupações dos
bancários com a reestruturação. Passados seis dias, em 25/10, o Sindicato de
Brasília, divulga que enviou um ofício pedindo esclarecimentos sobre “possíveis
mudanças no CSO”. Nos demais Sindicatos, inclusive o nosso do Rio de Janeiro,
nenhuma palavra, reina o mais absoluto silêncio.
Será mera coincidência que os três
estados onde o Banco pretende centralizar praticamente todo o seu serviço de
apoio administrativo e logístico, sejam também, estados onde o PT e seus aliados
visam uma ofensiva política nas próximas eleições para governador? Com certeza
muitos cargos comissionados serão criados nessas unidades, assim como, muitas
contratações com a iniciativa privada serão administradas.
Não se tratam, portanto, de
“possíveis mudanças”, nem muito menos no âmbito exclusivo do CSO, o plano de
reestruturação abarca todas as áreas meio do Banco e se levado a cabo como está
desenhado, vai resultar num grande prejuízo para os funcionários lotados fora
das três capitais aonde vão se localizar as unidades centralizadoras desses
serviços.
Basta de silêncio e cortina de
fumaça, o funcionalismo do BB deve exigir de suas entidades representativas uma
ação contundente de repúdio as intenções de mais um plano de reestruturação que
visa tão somente aumentar a lucratividade. Não importando se tenha que esvaziar
muitos estados em favor de apenas três, e o mais grave, mexendo de forma
perversa com a vida e as condições de trabalho de milhares de funcionários. Se deixarmos para reagir depois que tudo
estiver definido e implantado, com
certeza vamos ficar chorando mais uma derrota!
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