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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Reestruturação no BB

Mais um plano macabro de ataque ao funcionalismo
 
Na última sexta-feira, 26/10, a gerência do CSL do Rio de Janeiro foi reunida para receber o comunicado de que um novo plano de reestruturação será implementado a partir de novembro. Sem descer aos detalhes do plano em questão, em linhas gerais, foi informado que os CSL e CSO de todo o país serão reunidos em novas unidades de serviços visando à centralização dos mesmos. As unidades centralizadoras serão localizadas em Curitiba, São Paulo e Belo Horizonte. Nas outras capitais ficariam apenas pequenas unidades de apoio.


Nós, bancários do BB, já passamos por outras experiências desse tipo e sabemos muito bem quais são seus objetivos e como elas terminam. Obviamente essa nova reestruturação quer reduzir custos administrativos, como sempre, cortando vagas e comissões na área meio, em conseqüência sobrecarregando de trabalho os bancários que permanecerem neste segmento. Também não estará descartado o aumento da terceirização.

O mistério envolvendo esse plano, que vem sendo comentado há mais de um ano, começa a se desfazer a conta gotas. O estranho é que mesmo a sua divulgação é feita de forma parcial, não houve um lançamento oficial pela diretoria do Banco, as unidades vão sendo informadas e de forma muito parcial, aos poucos. Não se entra em detalhes, não se falou em dotações de pessoal ou sobre quais os serviços vão ser efetivamente centralizados. Como se tudo isso já não estivesse definido pelo Banco.

Mais estranho ainda, é a reação do movimento sindical, principalmente da famigerada CONTRAF-CUT. Até agora reina o silêncio, como se nada estivesse acontecendo. Apenas o Sindicato de Pernambuco, divulgou que no dia 19/10 se reuniu com o BB para colocar as preocupações dos bancários com a reestruturação. Passados seis dias, em 25/10, o Sindicato de Brasília, divulga que enviou um ofício pedindo esclarecimentos sobre “possíveis mudanças no CSO”. Nos demais Sindicatos, inclusive o nosso do Rio de Janeiro, nenhuma palavra, reina o mais absoluto silêncio.

Será mera coincidência que os três estados onde o Banco pretende centralizar praticamente todo o seu serviço de apoio administrativo e logístico, sejam também, estados onde o PT e seus aliados visam uma ofensiva política nas próximas eleições para governador? Com certeza muitos cargos comissionados serão criados nessas unidades, assim como, muitas contratações com a iniciativa privada serão administradas.

Não se tratam, portanto, de “possíveis mudanças”, nem muito menos no âmbito exclusivo do CSO, o plano de reestruturação abarca todas as áreas meio do Banco e se levado a cabo como está desenhado, vai resultar num grande prejuízo para os funcionários lotados fora das três capitais aonde vão se localizar as unidades centralizadoras desses serviços.

Basta de silêncio e cortina de fumaça, o funcionalismo do BB deve exigir de suas entidades representativas uma ação contundente de repúdio as intenções de mais um plano de reestruturação que visa tão somente aumentar a lucratividade. Não importando se tenha que esvaziar muitos estados em favor de apenas três, e o mais grave, mexendo de forma perversa com a vida e as condições de trabalho de milhares de funcionários. Se deixarmos para reagir depois que tudo estiver definido e implantado, com certeza vamos ficar chorando mais uma derrota!

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