O banco bate recordes de demissões e a carência de funcionários chega a índices
altíssimos, acarretando problemas como sobrecarga de tarefas e precarização dos
serviços bancários. Em pesquisa realizada pelo Sindicato dos Bancários/ES nos
meses de agosto e setembro de 2012, de um total de 311 funcionários do Itaú no
Espírito Santo, 68,49% afirmaram que falta pessoal nas agências onde trabalham.
A pesquisa revela ainda que 72,67% dos bancários do Itaú fazem horas extras,
sendo que 56,91% fazem às vezes e 15,76% fazem todos dias.
Além das péssimas condições de trabalho e da falta de funcionários, o banco
ainda inova a sua lista de irregularidades contratando estagiários para
trabalhar na função de caixa, ação que desrespeita a Convenção Coletiva de
Trabalho.
“O Itaú quer resolver o problema da carência de funcionários sem aumentar os
custos com pessoal. Ao contratar estagiários para a função de caixa, o Banco
acaba superexplorando o trabalho do estagiário e precarizando ainda mais o
trabalho dos bancários” afirma Idelmar Casagrande, diretor do Sindicato dos
Bancário/ES.
“O Banco demonstra que não está disposto a resolver o problema da falta de
funcionários, buscando soluções paliativas que descumprem a legislação
trabalhista”, complementa o diretor.
Trabalhadores terceirizados também enfrentam problemas
As péssimas condições de trabalho atingem também os funcionários da Qualy
Service, empresa terceirizada que presta serviços de limpeza para o Itaú. As
denúncias contra a firma são inúmeras e incluem atraso no pagamento dos
salários, parcelamento do pagamento de férias e corte no fornecimento de
vale-transporte.
Além disso, a empresa não está fornecendo uniformes adequados, obrigando os
funcionários a trabalharem com uniformes velhos e rasgados. Os trabalhadores
denunciam também a falta de materiais de limpeza e proteção no local de
trabalho, como botas e luvas.
“Como contratante, o banco é responsável pelo cumprimento da legislação
trabalhista por parte das empresas terceirizadas. O Itaú, ao invés de cobrar as
obrigações da empresa, faz ‘vista grossa’ para os problemas, o que o torna
conivente com a situação” diz Idelmar.
Reunião
Na manhã do dia 06 de novembro acontece em São Paulo uma reunião da Comissão de
Organização dos Empregados (COE) do Itaú para discutir as condições de trabalho
no banco. No período da tarde os trabalhadores se reúnem como o Itaú para
retomar as negociações específicas.
Fonte: Seeb/ES
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