A Unidade Classista vem a público prestar sua irrestrita
solidariedade ao companheiro Emanuel Cancella, vítima de perseguição
política descabida promovida pelo juiz Sérgio Moro. A intimação, ao que
nos consta, quer tratar as críticas políticas ao juiz, todas plenamente
plausíveis, como se as mesmas fossem ataques à sua moral.
Na realidade, não se trata de uma mera intimação, mas sim uma
intimidação indisfarçável. Uma clara tentativa de passar um recado a
todos aqueles que criticam sistematicamente a parcialidade política
inequívoca do magistrado, que até agora demonstra proteger e afagar
políticos ligados ao PSDB, alguns deles recordistas em citações na
própria Lava-Jato. Por trás da ofensiva a um dirigente sindical,
revela-se um ataque a todo sindicalismo combativo, autônomo e crítico
aos poderes dominantes. Miram uma liderança, mas contam que com isso
estarão fragilizando todos os movimentos sociais e a Esquerda. Desejam,
no fundo, um sindicalismo domesticado e subalterno aos interesses
patronais.
O famigerado juiz, que há tempos empreende ações orquestradas com o
que há de mais atrasado na política brasileira, como o oligopólio de
imprensa capitaneado pelas organizações Globo e setores ligados às
grandes corporações e rentistas internacionais, pretende calar quaisquer
vozes dissonantes, num assombroso e intempestivo gesto autocrático.
Saiba ele que a Esquerda tem perfeita noção do significado do ataque e
reagirá a altura, sabendo superar suas diferenças ante tal afronta. Não
tenha dúvida que, ante tal ameaça, sabemos identificar quem são os
inimigos de classe contra os quais construiremos a mais rígida unidade
até que seja derrotado tal rompante antidemocrático.
Ressaltamos que esse é só mais um capítulo do crescente estreitamento
do cerco da já combalida e relativa democracia conquistada com muita
luta. Porém não podemos esperar nada de diferente partindo de uma elite
empresarial e financista, com DNA golpista e autoritário, num momento em
que a mesma imputa à toda humanidade uma grave crise sistêmica.
Pretende fazer com que nós trabalhadores paguemos pela crise que
geraram, e que aceitemos tal absurdo sem reagir.
Toda solidariedade ao sindicalista Emanuel Cancella! Mexeu com um trabalhador, mexeu com todos!
Comitê de Petroleiros da Unidade Classista/ RJ
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