A greve nacional dos bancários completou
dez dias na sexta-feira, 16/10, sem qualquer iniciativa da Fenaban em favor da
retomada das negociações, em que pese os apelos, nesse sentido, da Contraf e da
Contec. Até agora permanece sobre a mesa a proposta indecente de 5,5% de
reajuste, mais um abono salarial de R$ 2.560,00, apresentada ainda antes do
início do movimento.
Diante disso, duas questões se colocam:
Primeiro, porque os Bancos, setor empresarial que há mais de uma década detém a
maior lucratividade entre todos os demais no país, estão se portando de maneira
tão intransigente diante do acordo salarial 2015? Segundo, como uma greve
nacional dos bancários, que a Contraf-cut, Contec e até mesmo a Intersindical e
a Conlutas, consideram forte e superior a do ano passado, pode durar tanto
tempo sem conseguir ao menos uma retomada das negociações?
O primeiro questionamento refere-se a uma mudança na atitude dos banqueiros e do governo diante das reivindicações dos trabalhadores. Se antes, havia alguma complacência, garantindo-se pelo menos a reposição inflacionária e o atendimento de uma ou outra reivindicação de pouco impacto nos custos dos Bancos, neste ano a estratégia mudou. Antevendo o agravamento da crise econômica, fomentada por eles mesmos, a Fenaban e o governo Dilma querem impor uma derrota aos bancários, aprofundando o arrocho salarial neste acordo para mais adiante intensificarem os ataques com a rotatividade, as reestruturações, o aumento das terceirizações e a privatização dos bancos públicos.
O primeiro questionamento refere-se a uma mudança na atitude dos banqueiros e do governo diante das reivindicações dos trabalhadores. Se antes, havia alguma complacência, garantindo-se pelo menos a reposição inflacionária e o atendimento de uma ou outra reivindicação de pouco impacto nos custos dos Bancos, neste ano a estratégia mudou. Antevendo o agravamento da crise econômica, fomentada por eles mesmos, a Fenaban e o governo Dilma querem impor uma derrota aos bancários, aprofundando o arrocho salarial neste acordo para mais adiante intensificarem os ataques com a rotatividade, as reestruturações, o aumento das terceirizações e a privatização dos bancos públicos.
O segundo ponto nos leva a refletir se a
greve no seu estágio atual é suficiente para dobrar a intransigência dos
bancos. Primeiro queremos questionar esse método de se avaliar a greve pelo
número de dependências fechadas. Uma agência ou prédio fechado ao atendimento
público não significa exatamente que os trabalhadores lotados ali estejam
participando da paralisação. Muitas vezes estão no interior das dependências
produzindo, realizando tarefas, vendendo produtos, inclusive aproveitando a
ausência do público de baixa renda para bater suas metas de produção.
Essa é a realidade da greve, não difere muito
do que vem acontecendo em nossas últimas campanhas salariais. Cada vez mais os
bancários vêm sendo afastados da luta pelos seus interesses, devido a uma
orientação premeditada daqueles que hoje, infelizmente, ainda são majoritários
no movimento sindical.
Campanhas burocráticas e sem participação efetiva dos trabalhadores não tem força para arrancar conquistas, nem mesmo, para garantir direitos. Principalmente quando entramos numa conjuntura em que o governo e o conjunto dos grandes empresários têm um grande eixo de unidade: pretendem jogar sobre os ombros da classe trabalhadora todo o peso da crise capitalista.
A crise política que envolve o governo Dilma, o Congresso e demais instituições burguesas, não advém apenas da corrupção deslavada em que estão envolvidos, mas, também, da disputa entre os segmentos empresariais em torno da política econômica e do controle do aparelho de estado.
Campanhas burocráticas e sem participação efetiva dos trabalhadores não tem força para arrancar conquistas, nem mesmo, para garantir direitos. Principalmente quando entramos numa conjuntura em que o governo e o conjunto dos grandes empresários têm um grande eixo de unidade: pretendem jogar sobre os ombros da classe trabalhadora todo o peso da crise capitalista.
A crise política que envolve o governo Dilma, o Congresso e demais instituições burguesas, não advém apenas da corrupção deslavada em que estão envolvidos, mas, também, da disputa entre os segmentos empresariais em torno da política econômica e do controle do aparelho de estado.
Diante desse quadro, a greve bancária, até
aqui, bastante parcial, só conseguirá lograr êxito caso um contingente
expressivo dos trabalhadores, entre aqueles que não aderiram ao movimento,
venha para a greve, aumentando efetivamente o poder de pressão da categoria,
forçando o governo e os banqueiros a recuarem da sua posição de intransigência.
Vem Pra Greve Você Também!
Todos à Assembleia, nesta
terça-feira, 20/10, 17 horas, no Sindicato.
UNIDADE CLASSISTA – BANCÁRIOS RJ
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