Foi dado
o pontapé inicial na campanha de sindicalização “Juventude trabalhadora vai à
luta sindicalizada!”, promovida pela Corrente Sindical Unidade Classista (UC)
em parceria com a União da Juventude Comunista (UJC).
Com ela,
a proposta é estimular a juventude trabalhadora a se aproximar, conhecer e se
inserir na luta sindical, impulsionando a organização e mobilização da classe
trabalhadora frente aos ataques aos nossos direitos.
E por que iniciar uma campanha de
sindicalização?
Dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2012 apontam que, dentre
toda a população assalariada adulta no Brasil, 18,1% é filiada a algum
sindicato. Trata-se da menor taxa registrada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) desde 1988. Contudo, se considerarmos o total da
população ocupada adulta, a taxa foi de 17,2% em 2012, a mesma registrada em
1988, importante período para o sindicalismo brasileiro.
Portanto,
ainda que a proporção de sindicalizados no Brasil, na atualidade, seja muito
próxima ao que era no final dos anos 1980, quando a luta sindical protagonizou
o fim da ditadura militar e conquistas histórias para o conjunto dos
trabalhadores (expressas na Constituição de 1988), ser filiado a um sindicato
não é o mesmo que participar efetivamente de sua vida política.
O que
propomos com essa campanha é que a juventude se aproprie das entidades
sindicais, que se aproxime delas e participe de seu cotidiano; que frequente
assembleias e reuniões convocadas pelo sindicato, que conheça a sua atuação e
que, inclusive, se oponha à direção, se ela não representar os interesses de
sua categoria e dos(as) trabalhadores(as) em geral.
Mas, hoje... A luta sindical e os
sindicatos ainda são importantes?
A UC e a
UJC compreendem que o sindicato foi e ainda é um importante instrumento de luta
dos trabalhadores e trabalhadoras na defesa de direitos já conquistados – e que
vez ou outra são ameaçados – e no avanço rumo a novas conquistas.
A luta da
classe trabalhadora através de sindicatos viabilizou conquistas
importantíssimas ao longo de toda a história da sociedade capitalista, forçando
patrões a recuarem na sua gana por lucro a qualquer custo. No século XIX eram
comuns jornadas de trabalho de 12, 14 e até 18 horas diárias, inclusive entre
crianças, em condições degradantes, até que, através da organização sindical,
foi possível transformar essa realidade.
Hoje,
encontramos exemplos diários da relevância da luta sindical, que ainda se
apresenta como um importante instrumento de organização e mobilização da classe
trabalhadora. Obtenção de maiores salários e ampliação de direitos
trabalhistas; conquista de planos de cargos e carreira que possibilitem a
melhoria dos salários ao longo do tempo; melhoria das condições de trabalho;
resistência à imposição de mudanças no dia-a-dia de trabalho que afetam a saúde
do(a) trabalhador(a); e mesmo resistência à retirada de direitos são alguns
desses exemplos, que demonstram a necessidade da juventude trabalhadora ocupar
e participar dos espaços sindicais.
Por isso,
nós, jovens trabalhadores e trabalhadoras, precisamos ocupar nossos sindicatos
e fortalecê-los, em especial no cenário atual de retirada de direitos sociais e
trabalhistas, nos marcos do ajuste fiscal. Vamos enfrentar e rebater esses
ataques! “Juventude trabalhadora vai à luta sindicalizada!”
Coordenação
Nacional Unidade Classista
Coordenação
Nacional União da Juventude Comunista
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