PCB-RR

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

CAMPANHA SALARIAL DE VERDADE

UNIDADE CLASSISTA BANCÁRIOS-RIO

PARA GARANTIR O EMPREGO E DERROTAR O ARROCHO!

Com a definição da pauta de reivindicações iniciou-se efetivamente o período da campanha salarial bancária de 2012. Até aqui nenhuma novidade, mais um repeteco do esquema Contraf-CUT de campanha burocratizada, com pouca, ou nenhuma, participação da base e reivindicações previamente rebaixadas, tudo muito bem planejado para não incomodar os banqueiros e o governo.

Mas neste ano, algo de novo paira no ar e bem sobre nossas cabeças: os banqueiros privados demitiram milhares de bancários desde o acordo coletivo do ano passado, somente o Itaú colocou mais de sete mil na rua. A intensificação da rotatividade é a forma dos bancos fraudarem o acordo assinado, demitem os funcionários mais antigos e fazem novas contratações pelo piso da categoria, reduzindo assim o custo da folha de pagamentos.

Foram medidas preventivas tomadas pelos banqueiros, antes mesmo que os sintomas da crise capitalista mundial batessem de forma mais contundente por aqui. Com os bancos nadando em lucros, trataram de aumentar a exploração dos bancários, reduzindo os salários pagos e o contingente empregado, aumentando a pressão sobre aqueles que continuam trabalhando.

Diante desse quadro, nós bancários temos duas opções, a primeira é aceitar mais uma vez a encenação da CONTRAF-CUT, ou seja, uma campanha salarial de mentirinha com assembléias relâmpago onde o bancário não pode se inscrever para falar, com centenas de piqueteiros contratados para “fechar” agências apenas no centro da cidade. A segunda é tomarmos a campanha em nossas mãos, participando massivamente das assembléias, exigindo democracia e direito de expressão para a base poder discutir livremente os rumos do movimento.

O resultado da primeira opção nós estamos colhendo nesses últimos anos: milhares de demissões, baixos salários, pressões absurdas nos locais de trabalho, aumento expressivo das doenças profissionais. Mas pode e deve ser diferente. Não existe luta vitoriosa terceirizada, a força da classe trabalhadora é insubstituível. Nem diretores do sindicato ou ativistas contratados podem fazer frente ao poder do patronato e desse governo amigo dos banqueiros. Mas a organização e mobilização efetiva de milhares de bancários, unidos e solidários as demais categorias de trabalhadores, com certeza tem condições de impor o respeito que nós merecemos.

Nós, da Unidade Classista Bancária, somos definitivamente pela segunda opção. Acreditamos na força dos trabalhadores quando tomam consciência da necessidade de lutar pelos seus direitos e contra a exploração.

Por essa razão, entendemos como prioridade nessa campanha a luta por uma cláusula de garantia no emprego, única forma efetiva de barrar a rotatividade; pelo piso salarial do Dieese (R$ 2.416,00) e por 10,25% como índice mínimo de reajuste salarial.

Para darmos passos firmes nessa direção, nós bancários precisamos participar exigindo assembléia democrática, com direito de expressão para a base, eleição de representante nas negociações, organização de comitês de luta nas regiões unindo bancos públicos e privados, unidade e solidariedade com as demais categorias de trabalhadores em luta. Em nossa opinião tudo isso é necessário e possível. A última palavra será dos bancários!


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