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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Petroleiros dizem: neste 1º de Maio somos todos trabalhadores do Comperj

O Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro é a segunda maior obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Brasil, incluindo duas refinarias. As empresas encarregadas da construção estão recebendo mais de R$ 15 bilhões, repassados pela Petrobrás. Trabalham atualmente no Comperj cerca de 16 mil operários. Trabalhadores estão em greve há mais de 20 dias.
Mas assim como os consórcios, a direção da Petrobrás, que projetou a obra, está tratando os trabalhadores como bandidos.


Trabalhadores estão em greve há mais de 20 dias
Os operários estão parados desde 9 de abril. Apesar do alto lucro das empresas, os trabalhadores têm sido tratados sem nenhum respeito. A comida é servida estragada. Os trabalhadores de outras regiões do país não têm direito a folga para visitar as famílias, como manda a legislação.


O FGTS não está sendo depositado há mais de seis meses. Apesar de estarem na data-base, os consórcios (empresas) estão ignorando as reivindicações dos trabalhadores e não apresentam nenhuma proposta. As empresas não pagam hora extra nem têm banco de horas.


Obra pode dobrar de valor!
Apesar de maltratarem os trabalhadores e desrespeitarem seus direitos, as empresas podem faturar o dobro do que estava inicialmente previsto: a obra pode custar aos cofres públicos R$ 31 bilhões!


O Sindipetro-RJ apresentou denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) para apurar a origem e o destino de todo esse dinheiro. Também vai entrar com denúncia junto ao Tribunal de Contas da União (TCU). Dentre as empresas que atuam no canteiro de obras estão a Delta e a Locanty, acusadas de superfaturamento. A sociedade está indignada com o mau uso do dinheiro público e com o desrespeito aos trabalhadores!


Os trabalhadores do Comperj precisam da nossa solidariedade! A greve é justa e tem que continuar até a conquista das reivindicações. Parados há mais 20 dias, os trabalhadores em greve estão sem salário, enquanto os supervisores continuam recebendo.


* Informação do Sindipetro-RJ


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