A última pesquisa sobre o emprego dos bancários realizada pelo DIEESE¹ constatou um saldo de positivo de 6.851 empregos nos bancos , no primeiro trimestre de 2011. Mas a novidade não é tão boa quanto parece, pois milhares de bancários foram demitidos neste período. O perfil dos demitidos revela um lado perverso das práticas de RH dos Bancos: o saldo positivo de empregos está apenas nas faixas de menores salários e de menor idade. Ou seja, os Bancos que, de um modo geral, continuam apresentando lucros recorde em 2011, estão economizando com a mão-de-obra ao demitirem funcionários com melhores salários, maior idade e mais tempo de “casa”.Esta política também é expressão do terrorismo constante que vigora nas agências, em especial dos bancos privados, pois permite que os gestores tenham o poder de ameaçar os bancários com a possibilidade de demissões caso não consigam atingir as metas. A ameaça é concreta, como prova a pesquisa do DIEESE e as recentes demissões em massa no Santander e no Itaú em todo o Brasil.
A tática de demitir os funcionários com mais tempo de banco, em geral com maior salário, descartando os como sacos de lixo dá aos novos bancários a idéia de que devem se submeter incondicionalmente aos ditames dos capatazes de plantão e aos antigos a noção de que não valem nada, apesar de terem mais experiência, conhecimento; de terem dedicado anos de trabalho árduo, de sacrifício na vida pessoal e de terem contribuído com os lucros recorde dos seus patrões. A mensagem é clara: Ou se submete ou vai pra rua!!!
Se consideramos que nos últimos anos o setor financeiro vem apresentando lucros extraordinários em sequencia e a política de demissões está a pleno vapor, o que será dos bancários quando os balanços das instituições financeiras não forem tão bem?
Pois bem, diante desta situação de pressão constante sob a ameaça de demissões, descomissionamento etc, os bancários não podem esperar a coisa ficar pior e se encolher ainda mais. Não podemos ficar sentados assistindo a essa verdadeira "roleta russa" esperando que a vítima seja o colega do lado. Somente o fortalecimento da organização dos bancários na base da categoria irá criar as condições para uma reação. Precisamos combater a todo custo o individualismo dentro da categoria. Isolado somos presa fácil para os banqueiros. Sabemos que hoje, a maioria da categoria desconfia das organizações sindicais e não vê uma perspectiva clara de vitória nas lutas encaminhadas por estes órgãos. Porém esta desconfiança precisa ser combatida, pois o que está em jogo é o nosso salário, nossas condições de trabalho e a nossa saúde. É necessário que todos os bancários tomem para si o controle dos rumos da próxima campanha salarial, participem em massa das assembléias e percebam de que somente eles podem reverter esta situação de opressão asfixiante em que vivem.
Todos nas assembléias!!!
Vamos à luta bancários!!!
Estabilidade no emprego já!!!
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