PCB-RR

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Organizando a luta

A “crise do capital”, as fusões e as aquisições de bancos foram fatores que definiram as prioridades da Campanha Salarial 2009 dos bancários. A defesa do emprego e dos direitos conquistados são necessidades urgentes, mas não podemos deixar de lutar por outros itens importantes como a adoção do piso salarial do Dieese, que é de R$ 2.047,00, segurança, saúde e fim do assédio moral.

Infelizmente algumas decisões que as correntes governistas aprovaram nesta Conferencia nos afastarão da possibilidade de novas e importantes conquistas. A contratação da remuneração variável, se efetivada, irá individualizar a relação capital e trabalho, acabando com a luta coletiva e aumentando a disputa por cumprimentos de metas nas agências e departamentos e, ainda, entre setores e regionais. A remuneração variável está intimamente ligada às metas e ao assédio moral.

A Conferência também deixou lacunas. Uma importante reivindicação não foi aprovada: a recuperação das perdas salariais passadas, principalmente no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal. Ficamos nos 10%, englobando aí a inflação projetada em pouco mais de 4%. O restante foi tratado na Conferência como aumento real.

Mas falar em aumento real quando a categoria acumula perdas é anistiar os banqueiros e o governo de suas dívidas.

A reposição de perdas é uma reivindicação histórica e importante para os bancários, especialmente dos bancos públicos, lembrando que as perdas são de no mínimo de 50% no piso de contratação do Banco do Brasil e da Caixa.

Apesar de algumas decisões equivocadas na Conferência, temos que nos organizar para lutar de verdade para a conquista do índice aprovado, além das demais reivindicações. Não podemos assinar nenhum acordo rebaixado.

Editorial dos Bancários do ES

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