Estamos próximos da cifra de dez milhões de desempregados, os salários estão em queda, os serviços públicos desmontados, a violência urbana em níveis alarmantes, em resumo, vivemos uma crise econômica e social sem precedentes.
Em meio a tudo isso, temos dois blocos políticos disputando o poder. O primeiro é governista, social liberal, tentando aplicar o receituário tradicional do capitalismo em crise: arrocho contra o povo trabalhador. O segundo é oposicionista conservador, pregando a mesma receita do primeiro. Os dois, além do programa econômico, têm mais uma faceta em comum, estão atolados nos escândalos de corrupção.
Esses dois blocos políticos, que governam gerenciando o capitalismo no Brasil há mais de trinta anos, convocam aqueles que sofrem as consequências da crise, ou seja, os trabalhadores, para manifestações contra ou a favor do impeachment da atual presidente.
Os dois blocos em confronto são como dois fardos que carregamos nas costas, a crise os torna ainda mais pesados. Como diria um velho político gaúcho, temos aí uma ótima oportunidade para dar um “rotundo não” a essas duas arapucas armadas contra o povo trabalhador. Iremos sim às ruas, às greves, às ocupações, mas será contra os planos de exploração capitalista!
Ney Nunes
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