PCB-RR

segunda-feira, 7 de março de 2016

CORTES, REESTRUTURAÇÕES E AMEAÇAS DE PRIVATIZAÇÃO: INSEGURANÇA PARA OS EMPREGADOS DA CAIXA

           
2016 não começou trazendo boas novas aos colegas da Caixa Econômica.

Pra começar, a deflagração de um novo Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) significa a saída de aproximadamente 1.500 colegas sem reposição de vagas – e a Caixa já afirmou clara e duramente que não pretende contratar mais aprovados no concurso de 2014.

Isso é um absurdo! Até a portaria do DEST - Departamento De Coordenação e Governança Das Empresas Estatais, órgão do Governo Dilma – define que a quantidade máxima de empregados autorizados para a Caixa é de 97.732 – e hoje, antes do PAA, a Caixa tem menos de 97.500 empregados; ou seja: mesmo pelos critérios arrochantes de Dilma, a Caixa poderia contratar agora 290 concursados e repor todas as saídas do PAA 2016. A recusa de novas contratações só provoca o que estamos vendo: sobrecarga de trabalho - especialmente nas agências (e mais especialmente ainda nas agências novas e pequenas), uma boataria sem fim de planos de extinção de unidades e agências,e um enorme crescimento do adoecimento de colegas.

Mas as más notícias não param por aí. O mais grave é que já está na pauta do Senado o malfadado PL 555 – mal denominado “Lei de Reponsabilidade das Estatais” – que obriga a Caixa a tornar-se Sociedade Anônima. Embora seja um projeto com “DNA tucano” – apresentado por senadores do PSDB – tem o apoio de Renan Calheiros e o governo Dilma o apóia por debaixo dos panos: a Portaria do DEST que especificou a quantidade máxima de empregados chama a Caixa de Caixa Econômica Federal S.A.!

Num quadro desses de ataques, não basta que a FENAE e os sindicatos convoquem “ato de protesto” na porta do prédio da Barroso. Precisamos organizar um forte movimento de luta dos empregados contra a privatização da caixa e por mais contratações já! Junte-se á Oposição bancária Unificada e vamos construir esse movimento.

UM GOVERNO DE MULHER... SQN!

O governo Dilma prepara mais um ataque às trabalhadoras e trabalhadores brasileiros através de uma nova reforma da previdência. Nesta, além do aumento da idade mínima para aposentadoria, a reforma de Dilma pretende igualar o tempo para aposentadoria entre homens e mulheres – aos 65 anos. 

Para convencer trabalhadoras e trabalhadores, o governo argumenta que as mulheres têm uma maior expectativa de vida que os homens, o que faz com que recebam o benefício por mais tempo. Mas o que este mesmo governo esconde é o altíssimo nível de exploração e opressão que sofre o conjunto das mulheres trabalhadoras brasileiras, que configuram metade da classe trabalhadora no país. A combinação exploração/opressão tem se manifestado nas diferenças salariais entre homens e mulheres no desempenho da mesma função, nas desigualdades impostas às mulheres no acesso a oportunidades em sua carreira e na ampla utilização do assédio sexual e moral como ferramentas de gestão, que atingem principalmente as mulheres trabalhadoras.

Nos bancos essa realidade é evidente, e com o aprofundamento da crise vem se agravando. Mesmo auferindo mais um lucro recorde divulgado recentemente, os bancos têm adotado diversas medidas para continuar aumentando seus lucros, como demissões, reestruturações e redução de despesas administrativas que levam à precarização das condições de trabalho. As mulheres são, sem dúvida, o setor mais vulnerável e que sofre maiores impactos com estas medidas, que vêm acompanhadas por investidas assediadoras, sejam estas sexuais e/ou morais, amplamente utilizadas na tentativa de garantir o cumprimento de metas e resultados que possibilitem a continuidade de obtenção dos altos lucros, empurrando a conta da crise para as trabalhadoras.

É inaceitável que um governo de uma mulher também se omita no que diz respeito à dupla e tripla jornadas as quais estão submetidas as mulheres trabalhadoras. Segundo dados do IBGE relativos a 2014, a jornada de trabalho dedicada às tarefas domésticas do homem casado e com filhos é 1/3 do tempo gasto pela mulher. Torna-se claro através dos dados que os homens se casam e reduzem significativamente seu compromisso com as tarefas de casa, que são as responsáveis por criar as condições necessárias para que a próxima jornada de trabalho remunerado possa se realizar, garantindo assim o lucro dos patrões. Fruto do machismo, esta desigualdade pesa sobremaneira nos ombros das mulheres.

Para barrar a reforma da previdência proposta pelo governo Dilma é necessário que as trabalhadoras se organizem. A Oposição Bancária Unificada convida a todas as bancárias para o Ato de 8 de março, quando diremos ao governo e aos patrões que não vamos permitir mais nenhuma retirada de direitos. Pelo contrário, devemos avançar em nossas conquistas! Chega de exploração! Pelo fim da opressão às mulheres!

Oposição bancária/RJ

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