Reestruturação na Cehag tem requinte de crueldade!
Na última sexta, 12/08, os empregados da Cehag/SP foram convocados
para uma reunião para discutir metas. No entanto, ao chegar na reunião,
com o superintendente nacional e várias pessoas do RH, veio uma mudança
total na vida dos empregados da unidade.
Ao invés de meta foi apresentada a argumentação de que haveria uma
mudança na forma de funcionamento da unidade e uma reestruturação
comandada pelo gerente da unidade.
Seria feito um corte nas funções de sênior e pleno, com rebaixamento
de funções e até descomissionamentos, e por outro lado haveria
promoções, e seriam criadas funções de junior.
Na unidade haviam 30 sênior, 40 plenos e 18 juniors e 30 Tbs. Dos 30
sênior, ficariam 12. Haveria cortes nos plenos e apenas os juniores é
que aumentariam, o que favoreceria os Tbs.
A gerência informou que 2/3 iriam incorporar. Porém, grande parte desses teriam uma perda por causa do CTVA.
E no final, os que sobrassem seriam transferidos para outras unidades.
Depois dessa notícia a queima roupa, começou um procedimento nunca
visto antes em nossa empresa. O gerente, junto com os coordenadores e
umas moças do RH foram para uma sala e chamavam os empregados em ordem
alfabética.
Primeiro foram os transferidos. Que não sabiam o porquê da proposta
de transferência. O gerente dizia que daria o feedback na semana
seguinte. Dentre os transferidos havia um empregado inscrito para
delegado sindical.
Depois foram sendo chamados os rebaixados e os que ficariam sem
função. Houve quem incorporou uma parte e quem nem incorporou. Dentre
esses um dos delegados sindicais perdeu a função. Ainda foram cortadas
funções de dois coordenadores e uma supervisora.
Dentre os que foram rebaixados estava uma funcionária que depois da
licença maternidade, se encontrava em férias. Foi chamada para vir
assinar seu rebaixamento de pleno para junior!
O candidato a delegado sindical havia sido chamado para ser
transferido. Mas, a Apcef veio fazer a eleição, uma vez que a gerencia
não havia autorizado a realização da eleição.
O gerente gritou com os funcionários da Apcef, que estavam realizando
a eleição e proibiu que a votação continuasse. Tudo isso para que o
empregado que ele queria transferir não fosse eleito.
Depois de tudo isso, em meio a choros de quem perdia a função, todos se perguntavam: mas qual foi o critério?
Ninguém sabia. Tinha gente que fazia o horário certinho e nem saía
pra almoçar. Tinha gente com as metas em dia e que nunca foi chamado a
atenção.
A verdade é que a LAP não havia sido alterada e as mudanças eram apenas o desejo da gerência.
Infelizmente, o sindicato não apareceu em nenhum momento para ver o
que estava acontecendo. A Apcef é quem deu uma força, inclusive para
fazer a eleição do delegado sindical.
Na segunda feira seguinte, o gerente foi fazer novas reuniões nas
salas. Informou que a reestruturação estava apenas no começo e que muita
coisa ainda iria mudar. O fato é que com toda a subjetividade que
ocorreu, ninguém tem mais segurança de nada.
Enquanto o presidente da Caixa anunciou que iria parar a
reestruturação, o gerente da Cehag seguiu fazendo as mudanças. Foi mais
realista que o rei.
Agora resta aos empregados da Cehag se unirem para reverter essa
situação. E que o sindicato apareça para ajudar os empregados. Afinal,
estamos à véspera de uma campanha salarial e um golpe desses pode afetar
o movimento.
O que sabemos é que a Cehag é só a ponta do icebergue.
Fonte:esquerdadiario.com.br
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