A mobilização dos funcionários do Banco do
Brasil contra o plano do Banco de concentrar os serviços executados pelo CSL e
CSO em apenas três capitais, obteve seu primeiro resultado positivo em
Pernambuco, Estado onde justamente a reação dos bancários foi mais intensa.
Desde outubro do ano passado, quando o
Banco anunciou os objetivos da reestruturação, o funcionalismo iniciou uma
série de mobilizações, com manifestações, paralisações, assembleias e reuniões
com parlamentares e autoridades do governo estadual. O Sindicato, dirigido pela
Contraf-CUT, custou a assumir a dianteira da luta, em outubro reivindicava
vagas na rede de agências para os atingidos pelo plano, mas com a forte pressão
da base não teve alternativa.
Em reunião ocorrida na sede do governo
estadual com a direção do Banco, representada pelo senhor Sandro Jose Franco da
Diretoria de Apoio aos Negócios (DINOP), com a presença do Secretário da Casa
Civil do governo de Pernambuco, Tadeu Franco, representando o governador do
Estado, o diretor do BB garantiu que: “a manutenção da dotação do CSL e CSO em
Pernambuco e de que não haverá perda na
remuneração.”.
Aqui no Rio, assim que o BB divulgou o seu
plano, sem jamais detalhar o que realmente seria feito, os delegados sindicais
do CSL e CSO convocaram o funcionalismo para um ato de protesto e denunciaram
que a verdadeira intenção era acabar com esses setores, transferindo os
serviços e reduzindo drasticamente as dotações. O Sindicato foi procurado e por
iniciativa dos delegados sindicais foi realizada uma audiência pública na
Assembleia Legislativa, através do mandato do Deputado Paulo Ramos. Mas até
hoje não foi realizada uma única Assembleia Geral dos funcionários do BB.
No Rio Precisamos Intensificar
nossa luta.
Mas tudo isso ainda é insuficiente para
demover o BB de suas nefastas intenções quanto ao Rio de Janeiro. Até aqui a
reestruturação, que em Pernambuco acaba de ser suspensa, vai sendo aplicada no
CSL-RJ. A dotação vem sendo cortada, funcionários que saem por aposentadoria,
pedidos de demissão ou transferência, não são substituídos e suas vagas foram
extintas. Alguns gestores trataram de salvar a própria pele, começando pelo
Gerente Geral do CSL que recebeu uma promoção e foi para Brasília como Gerente
Executivo.
Apesar disso tudo, não podemos jogar a toalha, pelo contrário, o desfecho em Pernambuco
deve servir de exemplo. A unidade e a mobilização de todo o corpo funcional
do CSL e CSO no Rio de Janeiro é fundamental nesse momento. Precisamos dar uma
resposta a altura para os coveiros dos nossos postos de trabalho, aqueles que
agindo como ratos são os primeiros a
abandonar o navio.
Vamos intensificar a nossa mobilização e
buscar uma articulação suprapartidária cobrando dos parlamentares um
posicionamento, dirigido ao Ministério da Fazenda e a direção do BB, repudiando
esse plano de reestruturação que tem repercussões tão negativas para o Rio de Janeiro. Exigimos
da diretoria do nosso Sindicato, que face ao acordado em Pernambuco, convoque
imediatamente uma Assembleia Geral dos Funcionários do BB para discutir a
Reestruturação e o Plano de Funções.
Nenhum comentário:
Postar um comentário