A pergunta acima deve estar sendo feita por muitos
colegas bancários, principalmente os do Santander, Itaú, Bradesco e Banco do
Brasil. Afinal, foi só terminar a campanha salarial “vitoriosa”, segundo
avaliação da direção do Sindicato, para começarem os ataques contra os mais
elementares direitos dos trabalhadores bancários.
Nos bancos privados, as demissões em massa, que já
vinham acontecendo, se intensificaram, de outubro para cá foram milhares de
bancários colocados no olho da rua. Os banqueiros não aliviaram nem durante os
festejos natalinos, o presente de muitos bancários foi uma carta de demissão sem
justa causa.
No Banco do Brasil, os prepostos do governo Dilma, fazem
o que bem entendem. Depois de assinado o Acordo Coletivo, deram início as
retaliações e perseguições contra os bancários que fizeram greve ou simplesmente
recorrem a Justiça do Trabalho procurando defender seus direitos. No BB as
ameaças, descomissionamentos, transferências e até demissões, se tornaram
rotina.
Querendo, cada vez mais, fazer do BB um clone do
Bradesco, sua direção baixou um pacote de reestruturação das áreas meio do
banco, implicando na concentração desses serviços e certamente em mais
terceirizações. Além disso, com o objetivo de reduzir seu enorme passivo
trabalhista, joga um novo plano de cargos instituindo comissões com jornada de
seis horas, ao mesmo tempo aplicando a redução dos salários.
Com tudo isso acontecendo, a direção do Sindicato do
Rio, controlada em sua maioria pela turma do PT e da CUT, não faz absolutamente
nada! Com relação às demissões nos bancos privados é fundamental colocar a luta
pela estabilidade como prioridade, caso contrário, a campanha avaliada como
“vitoriosa”, na verdade é uma fraude contra os bancários.
No caso do BB, até mesmo Sindicatos filiados a CUT, como
os de Brasília e Pernambuco, estão chamando reuniões plenárias para discutir o
que fazer diante do pacote imposto pelo banco. Outros Sindicatos convocaram
Assembléias com o mesmo objetivo. Mas no Rio de Janeiro, cidade que reúne uma
das maiores concentrações de bancários do país, parece que Assembléia é um
terror, pelo menos para a diretoria do Sindicato.
Nós da Unidade Classista estamos chamando os bancários
para unirmos nossos esforços, contra as demissões nos bancos privados e contra
os planos de reestruturação e exploração no Banco do Brasil, exigindo do
Sindicato do Rio a convocação imediata de uma Assembléia Geral da Categoria
Bancária para discutir esses problemas.
Sem organização e mobilização não podemos enfrentar a
política dos banqueiros e do governo Dilma!
Assembléia Geral dos Bancários
Já!
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