PCB-RR

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Cabral e Paes querem proteger o lucro dos Tubarões

 

As recentes manifestações conseguiram uma primeira e parcial vitória, com o anúncio da revogação dos aumentos das tarifas de transporte em várias cidades.
 
Os governantes anunciaram a medida e ao mesmo tempo informaram que o custo da redução será bancado pelo orçamento público, ou seja, vão retirar recursos de áreas já carentes para dar mais dinheiro para as empresas privadas que dominam hoje os transportes de massa.
 
Agora vamos entrar na segunda e mais importante etapa dessa luta:
 
Que as empresas reduzam seus lucros para custear a redução de tarifas!
 
Nenhuma verba a mais para os tubarões dos transportes!
 
Abaixo o monopólio privado dos transportes, estatização sob controle dos trabalhadores!
 
A participação organizada da classe trabalhadora é fundamental para avançarmos nesta luta.
 
Vamos todos juntos a manifestação desta quinta-feira, 20/06, concentração na Candelária a partir das 17hs, passeata até a Prefeitura.
 
 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

OCUPEMOS AS RUAS! TODO APOIO AOS PROTESTOS POPULARES CONTRA O AUMENTO DAS PASSAGENS

 
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Nas últimas semanas, o povo trabalhador brasileiro, em especial a juventude, vem protagonizando uma série de atos contra o aumento das passagens de ônibus. O que seria uma série de manifestações locais transformou-se em uma onda de protestos populares no Brasil. A União da Juventude Comunista além de apoiar, vem participando de todos os protestos, ombro a ombro com a juventude, as classes populares e as suas diversas formas de organização.
 
A resposta dos governos e dos monopólios midiáticos é a sistemática tentativa de criminalizar os movimentos, a fim de legitimar a repressão aos protestos populares. Tal repressão foi tão descabida que até repórteres foram arbitrariamente atacados durante os atos. Em um período de organização de grandes eventos internacionais no Brasil, este tipo de ação policial, tão comum no cotidiano dos bairros populares, é apenas uma amostra do trato político que as reivindicações dos trabalhadores terão se não estiverem de acordo com o interesse dos monopólios e da acumulação capitalista.
 
Os governantes dos mais distintos partidos políticos da ordem tentam veicular a ideia de que os protestos seriam apenas contra um irrisório aumento de 0,20 centavos. Eles dizem também que os protestos são produto da ação de algumas organizações e partidos que tentam tumultuar a ordem do país diante dos mínimos efeitos da crise mundial. No entanto, estes governantes vinculados ao projeto burguês para o país, que são de partidos como o PT, PSDB, DEM, PMDB e suas forças auxiliares, esquecem que cerca de 40% do orçamento doméstico dos trabalhadores são destinados a pagar estas tarifas de transporte. Um serviço sem qualidade, no qual a juventude e os trabalhadores são tratados como gado – ou pior. Tal serviço tem como objetivo apenas promover altos lucros para as empresas de ônibus, grandes financiadoras das campanhas eleitorais desses partidos da ordem.
 
Portanto, esta luta contra o aumento e por um transporte público de qualidade é uma demanda sentida na pele por milhões de brasileiros e brasileiras. Uma demanda por melhores condições de vida para a população. E como os governos e partidos comprometidos com os interesses dos empresários respondem a esta demanda? Reprimindo, criminalizando e menosprezando a luta deste movimento.
 
Nós da União da Juventude Comunista, não temos dúvida de que lado da trincheira estamos nestas lutas. Estamos ao lado da juventude e do povo trabalhador em movimento. Devemos aprofundar não só as mobilizações, mas a organização permanente das demandas destes protestos. Na atual conjuntura, lutar contra o aumento das passagens e por um melhor transporte público é lutar contra a mercantilização da vida e contra a natureza privatista de um direito humano fundamental que o capitalismo nos nega: o direito de ir e vir.
 
Esta luta mostra para os trabalhadores que, apesar da “democratização” do consumo via crédito, demandas estruturais para a classe trabalhadora (como saúde pública estatal e de qualidade, educação pública, reforma agrária e urbana, transporte público de qualidade e conquista de direitos sociais básicos) não serão conquistados por partidos e governos que compactuam com a atual ordem do capital. Estamos certos de que a luta pela defesa da vida humana é mais importante que a preservação dos interesses particulares da acumulação capitalista. Por isso, ocupemos as ruas! A vida é mais importante que lucros do grande capital!
 
- Redução das tarifas já! Pela estatização das empresas de ônibus, visando a criação da tarifa zero! Transporte público e de qualidade para o povo trabalhador!
- Contra a criminalização e repressão dos movimentos sociais! Questão social não é caso de polícia!
 
- Passe livre já! Para estudantes secundaristas, universitários e para os desempregados!
- Pela organização dos fóruns populares sobre transporte público e mobilidade urbana! Construindo o poder popular!
 
- Abaixo os governos do grande capital! Contra a mercantilização da vida!
 
Coordenação Nacional da União da Juventude Comunista
http://ujc.org.br/ujc/?p=795

Por uma correção justa do FGTS

 Na Trincheira 260
É com grande atraso que volta a ser discutida a questão do índice de correção monetária do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Recentemente, a imprensa noticiou que algumas centrais sindicais estão recorrendo à Justiça para pedir a correção dos depósitos do fundo, uma vez que eles não vêm recebendo a correção devida.

Isso é, no mínimo, estranho, visto que as pelegas CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CGTB e NCST fazem parte do Conselho Curador do FGTS -- composto por doze representantes do governo, seis representantes de entidades patronais e seis representantes de entidades laborais.


Depósitos corroídos

Desde 1999, pelo menos, os governos vêm diminuindo gradativamente a TR (que compõe o índice de correção dos depósitos do FGTS), sendo que, nos últimos dois anos, ela está praticamente zerada. O resultado é que, durante todo este período, os depósitos dos milhões de trabalhadores tiveram reajustes inferiores à inflação, o que não é permitido pela legislação.

Cálculos iniciais apontam que o prejuízo dos trabalhadores está entre os 300 e os 350 bilhões de reais. Ou seja: todo esse dinheiro foi desviado para outros gastos pelos governo FHC, Lula e Dilma.

A CSP Conlutas também está preparando ações para que a Justiça repare esse prejuízo. O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, filiado à central, vai contribuir enviando toda a documentação necessária para ajudar a dar entrada no processo.

Essa situação absurda, que perdura há quase 15 anos, mostra a serviço de quem os presidentes têm governado de fato, enquanto o trabalhador vai sendo "roubado".

Esperamos que, com uma mobilização conjunta, os trabalhadores consigam reaver o dinheiro que ficou para trás, nos cofres do governo. Que esse valores sejam o mais brevemente possível incorporados ao patrimônio do trabalhador.


 

Aprovação do governo cai 8 pontos percentuais, diz CNI-Ibope.

 

Brasília - A avaliação do governo e a maneira como a presidenta Dilma Rousseff administra o país registraram queda na aprovação, segundo a pesquisa CNI-Ibope, divulgada hoje (19) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O percentual dos que consideram o atual governo como ótimo ou bom caiu de 63%, na pesquisa de março, para 55%. O percentual de pessoas que consideram o governo regular subiu de 29% para 32%, e os que o consideram ruim ou péssimo subiu de 7% para 13%.

De acordo com a pesquisa, a aprovação da maneira como a presidenta governa o país também registrou queda, passando de 79% para 71%. Para 25% do público pesquisado, a maneira de ela governar é razoável. Em março, eram 17%.

Caiu também a expectativa em relação ao restante do governo, passando dos 65% para 55%. Recuou ainda o percentual da população que confia na presidenta: caiu de 75% para 67%. Ainda segundo a pesquisa, seis das nove áreas de atuação do governo foram desaprovadas pela maioria da população: segurança pública (67%), saúde (66%), impostos (64%), combate à inflação (57%), taxa de juros (54%), e educação (51%).

A pesquisa ouviu 2002 pessoas entre os dias 8 e 11 de junho, data posterior à primeira manifestação, ocorrida em São Paulo, porém anterior ao período em que elas ganharam força, a partir do dia 13. A manifestação do dia 6 não está entre as notícias mais lembradas pela população, de acordo com o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca. Os assuntos mais lembrados foram o boato sobre o fim do Bolsa Família (15%), as obras da copa (10%), a redução na conta de luz (8%) e a alta da inflação (7%). A margem de erro da pesquisa é 2 pontos percentuais para mais.

Edição: Talita Cavalcante
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Empregados da Caixa realizam Dia Nacional de Luta nesta quinta.


Trabalhadores reivindicam condições dignas de trabalho

Os empregados da Caixa Econômica Federal promovem um Dia Nacional de Luta nesta quinta-feira 20 por condições dignas de trabalho. As manifestações estão sendo convocadas pela Contraf-CUT, federações e sindicatos, seguindo decisão do 29º Conecef, realizado de 17 a 19 de maio em São Paulo.

Os trabalhadores vão se manifestar fazendo reuniões nos locais de trabalho, atos na porta das unidades e retardamento na abertura de agências, entre outras atividades. Os protestos têm o objetivo de dizer não ao caos nas agências e postos de atendimento da Caixa espalhadas pelo país.

> Clique
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A luta é pelo fim das metas abusivas e do assédio moral, por agências adequadas para o atendimento ao público e pela contratação de mais empregados.

"Para que essa mobilização seja forte e a mais ampla possível, é fundamental que todos os empregados da Caixa se engajem nas manifestações do Dia Nacional de Luta por condições dignas de trabalho", exorta Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa.

Melhorar as condições de trabalho

As más condições de trabalho são a principal queixa dos empregados da Caixa. Na maioria das vezes, apesar do registro de algumas melhoras substanciais nos últimos anos, a situação nas unidades da empresa está aquém do considerado ideal e saudável para os trabalhadores.

Além da Caixa não oferecer condições adequadas de trabalho, constata-se ainda o descaso com que a empresa lida com as denúncias e notificações sobre a precariedade de instalações em suas agências e postos de atendimento.

Nos mais diversos segmentos de empregados, o histórico de problemas continua alto. A situação é grave em relação aos tesoureiros, cujas precárias condições de trabalho são provocadas pela falta de pessoal, desvio de função, extrapolação da jornada por conta de acúmulo de tarefas e pela demora na instalação de corredores de abastecimento dos terminais e caixas nas agências, o que vem comprometendo a saúde e a segurança desses trabalhadores.

Brasil afora, a política de expansão da rede em um ritmo acelerado tem gerado ainda outro tipo de problema: a inauguração de unidades sem condições mínimas de habitabilidade. A deficiência, nesse caso, é resultado da falta de equipamentos importantes e de condições físicas impróprias dos imóveis.

O abuso na gestão é também frequente em diversas unidades pelo país, causando em consequência pressão desmedida no dia a dia dos trabalhadores. A cobrança por venda de produtos e as metas inatingíveis, elementos propiciadores do assédio moral e outros tipos de violência, continuam sendo praticados impunemente. Essa situação causa reflexos danosos para a saúde mental e física dos empregados.

A luta por condições dignas de trabalho tem sintonia direta com a defesa do papel social da Caixa, com atuação no fomento à economia, na implantação de políticas públicas e na regulação do sistema financeiro nacional. Isso é fundamental para que a Caixa aprimore, cada vez mais, o seu caráter de banco público.

Por isso o 29º Conecef, realizado no período de 17 a 19 de maio, em São Paulo, definiu que a luta por condições dignas de trabalho será um dos eixos prioritários da mesa permanente de negociações em 2013, com foco em mudanças na organização do trabalho e com base em um conceito que precisa ir além da simples troca de imóveis e equipamentos, passando pelo debate amplo da reorganização dos postos de trabalho e das rotinas, com questionamento ainda ao modelo de gestão.

Diga não ao caos nas agências e postos de atendimento da Caixa espalhadas pelo país. Para isso, a Contraf-CUT, sindicatos e federações convocam os empregados do banco a participarem do Dia Nacional de Luta por condições dignas de trabalho, a ser realizado na quinta-feira.
Fonte: Contraf

A Dívida Pública e a Tarifa de Ônibus

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Os jornais noticiam as grandes manifestações em São Paulo e outras cidades contra os aumentos nas passagens de ônibus e a favor do Passe-Livre. Em São Paulo, a tarifa, que era de 0,50 em 1994, se atualizada pela inflação INPC/IBGE deveria estar hoje em R$ 2,23, e não em R$ 3,20, valor que irá garantir a continuidade dos elevados lucros das empresas de ônibus. Segundo vários meios de comunicação, as reivindicações dos manifestantes seriam utópicas e descabidas.
 
A alternativa óbvia ao impasse provocado pela justa demanda social seria o próprio Estado assumir o sistema e garantir a gratuidade a todos, conforme a proposta do Passe-Livre. A Revista Exame divulgou que, segundo a Prefeitura, o Passe Livre custaria R$ 5,5 bilhões por ano. O governador Geraldo Alckmin e o Prefeito Fernando Haddad dizem que não têm como garantir este investimento.
 
Cabe ressaltar que todo ano, sob a justificativa de pagar uma dívida com a União, a prefeitura de São Paulo gasta R$ 3 bilhões e o governo do Estado de SP mais de R$ 10 bilhões, ainda que tais dívidas sejam fortemente questionáveis ou mesmo “draconianas”, como afirmou no ano passado o próprio governador Geraldo Alckmin:
em 1997, o estado de São Paulo renegociou suas dívidas que estavam em R$ 41 bilhões. Já pagou R$ 68 bilhões e ainda deve R$ 177 bilhões a União”.
 
No caso da Prefeitura de São Paulo, a dívida refinanciada pela União em 2000 era de R$ 11 bilhões, e mesmo tendo sido pagos à União R$ 19,5 bilhões, essa dívida atingiu absurdos R$ 53 bilhões em 2012. Em diversas vezes Haddad chegou a falar que tal dívida é “impagável” e “insustentável”.
 
Este processo de “quanto mais se paga mais se deve” decorre principalmente da aplicação de juros sobre juros (anatocismo) sobre os saldos destas dívidas, o que já foi considerado ilegal pelo Supremo Tribunal Federal, em sua Súmula 121. Cabe questionar também a origem dessas dívidas, pois há fortes indícios de que se originam de fraudes, conforme mostrado no recém lançado livro “Auditoria Cidadã da Dívida dos Estados”, de Maria Lucia Fattorelli, disponível na página www.inoveeditora.com.br .
 
Interessante observar que os pagamentos feitos pelo Município e Estado de São Paulo à União são destinados pelo governo federal exclusivamente para o pagamento da também questionável dívida pública federal.
 
Em resumo, é evidente a gritante incoerência e privilégio aos rentistas em detrimento dos direitos sociais básicos: gastar R$ 5,5 bilhões por ano com o Passe Livre é impossível, segundo Alckmin e Haddad, porém, pagar mais de R$ 13 bilhões por ano à União, correspondente a uma dívida que sequer se conhece a origem e, segundo essas mesmas autoridades é “draconiana”, insustentável” e “impagável”, é perfeitamente possível?
 
Parece ser muito mais fácil para estes governantes jogar a polícia em cima do povo do que demandar junto ao Governo Federal a anulação desta questionável dívida que beneficia, em última análise, o setor financeiro.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

É Hora de Participar!

 
Estão abertas as inscrições para a nossa Conferência Interestadual, que vai acontecer dia 29/06, em Guarapari (ES).
 
Todos os bancários tem direito de participar, a voz da base é fundamental para construirmos uma campanha superior a dos anos recentes.
Nossa luta prioritária deve ser pelo piso do Dieese, Plano de Cargos, Garantia no Emprego e Aumento Real de Salários.
 
Inscrições de 12 a 14 de junho, ligue para 2103-4119 / 4120 e garanta sua vaga. O Sindicato vai colocar ônibus para levar a delegação do Rio de Janeiro.

UNIDADE CLASSISTA BANCÁRIOS RJ

Justiça condena Safra a devolver R$ 65 mil por fraude em contratos

Uma batalha judicial com desdobramentos até em delegacias de polícia, envolvendo o banco do terceiro homem mais rico do Brasil, tem sua primeira sentença. A Justiça de São Paulo condenou o Banco Safra, do bilionário Joseph Safra, a devolver pelo menos R$ 65 mil, mais correções monetárias, a uma família de lojistas de Campinas. Eles acusam o banco de fraudar contratos em branco para aumentar os juros combinados.

Na decisão, o juiz Fábio Henrique Prado de Toledo, da 2ª Vara Cível de Campinas, determina que o valor seja usado como crédito para abater uma cobrança judicial de R$ 92 mil do banco contra os Gobbo, donos da rede de calçados Bootco.

A princípio, a dívida foi reduzida em 71%, para R$ 26 mil. Mas o magistrado mandou recalcular também valores pagos anteriormente pelos lojistas. Por isso, na estimativa de Carlos Augusto "Guto" Gobbo, a família passou a ser credora do banco.

O juiz julgou dois processos ao mesmo tempo, que se referem a apenas uma das empresas do grupo calçadista. Ao todo, são 18 processos judiciais, movidos pelo banco e pelos lojistas numa briga que já acabou até na delegacia.

Guto entende que esse é o indicativo de que as outras ações terão o mesmo destino. "Em todos os meus processos com eles, vai inverter a história; de devedores, credores", prevê o lojista.

Como mostrou a Revista Congresso em Foco, o Safra contratou um detetive particular armado para seguir funcionários da Bootco. Preso em flagrante com facas, munições e pistola, o investigador foi liberado após pagar fiança. Guto considerou a perseguição uma ameaça por causa da batalha judicial.

O banco disse à polícia que o empresário distribuiu panfletos difamatórios contra o Safra e que, para confirmar isso, contratou um investigador privado. O caso está sob investigação no Ministério Público.

Cartões e cheques
Conforme admitiu o Safra, o banco firmou contratos em branco com os Gobbo, para antecipar vendas feitas por meio de cartões de crédito. Na ação, o juiz menciona também vendas feitas com cheques pré-datados.

Na audiência, que aconteceu em 29 de maio, a ex-gerente do Safra Denise Artem Ataíde confirmou a assinatura de contratos em branco. Ela já havia declarado à polícia que a instituição em que trabalhava aproveitou esse detalhe para duplicar os juros combinados com os clientes usando canetas de ponta porosa para preencher os documentos.

De acordo com os autos do processo, foram feitas 101 operações de crédito entre o banco e a empresa Mocamp, do grupo familiar dos Gobbo. O juiz Fábio Toledo considerou os abusivos juros cobrados pelo Safra. Isso porque não poderiam ter sido usados juros compostos, os mais onerosos para o consumidor, em uma dívida que sequer estava formalizada.

Toledo destacou uma perícia apresentada pela família de lojistas contestando as taxas cobradas, "na qual constou que a taxa aplicada destoa da média de mercado, divulgada pelo Banco Central". "Diante disso, há de se reconhecer um pagamento a maior por parte da autora da importância de R$ 60.735,80", disse o magistrado.

Fábio Toledo ainda condenou o Safra a pagar, em dobro, o valor das taxas de abertura de crédito de cada contrato que extrapolaram R$ 7. Segundo Guto, eles pagaram R$ 30 em cada operação. Ou seja, seriam mais R$ 4.646 a creditar em favor dos lojistas. Todos os valores pagos a mais devem ser corrigidos monetariamente em 1% ao mês.

Recálculo
Os valores deverão ser usados para abater dívida que o Safra cobra da família. A dívida era de R$ 145 mil. Com os pagamentos feitos pelos Gobbo, baixou para R$ 81 mil em 2007, segundo documentos do próprio banco. Mas esse, com juros e multas, a conta chegou a R$ 92 mil.

O juiz Toledo afirmou que a cobrança de juros sobre juros sobre essa dívida foi "indevida" e determinou que ela fosse recalculada. Segundo Guto, na prática, a taxa vai ser reduzida de 3,3% para 2,5% ao mês.

O Safra optou por não prestar nenhum esclarecimento a respeito do assunto. "O Safra não se manifesta sobre questões 'sub judice'", limitou-se a responder a assessoria de imprensa das organizações de Joseph Safra. Também não prestou esclarecimentos sobre a análise de que a família Gobbo virou credora do banco.

Ainda cabe recurso da decisão do juiz da 2ª Vara Cível de Campinas.





Fonte:
UOL Notícias

Justiça concede plano de saúde gratuito para aposentado do Bradesco

Um bancário aposentado por tempo de contribuição e que mantinha contrato com o banco teve reconhecido seu direito de manter gratuito o Plano de Saúde depois de se desligar do Bradesco, em Porto Alegre.

A decisão foi do juiz da 7ª Vara da Justiça do Trabalho de Porto Alegre e contempla uma luta histórica do Sindicato dos Bancários pelo reconhecimento do direito dos trabalhadores aposentados, quando desligados do banco, terem mantidas gratuitas as assistências médica, odontológica e hospitalar.

O processo número 0001146001020125040007 determina que o Bradesco restabeleça o direito ao Plano de Saúde do bancário aposentado imediatamente.

Uma das dificuldades do bancário aposentado vencedor da ação após encerrar contrato de dez anos com o banco era comprometer parte de seus rendimentos com o valor do Plano de Saúde. Quando ainda na ativa, o plano era gratuito. Ao se aposentar, o valor do plano passou a representar mais de 50% do seu rendimento mensal.

Essa decisão é histórica. Ela reconhece um direito pelo qual o movimento sindical luta há muitos anos. Além disso, repara uma injustiça com trabalhadores que dedicaram boa parte de suas vidas ao banco e que agora, quando mais precisam de assistência médica, o banco quer deixar na mão.

No processo, o juiz estabelece uma multa diária de R$ 50 ao banco, caso haja descumprimento da sentença.

O juiz menciona o fato de o Plano de Saúde Bradesco dos funcionários ser o mesmo oferecido ao publico em geral: "(...) Embora 'gratuito' para o reclamante, o plano de saúde arcado integralmente pela reclamada (exceto no que diz respeito à co-participação) possui expressão econômica, inclusive por se tratar de plano de saúde mantido por empresa que os oferece no mercado para o público em geral."
 
 
Fonte: Contraf com Seeb Porto Alegre

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Campanha mundial denuncia trabalho escravo no Brasil

 

Carta Maior
Uma campanha mundial para denunciar a continuidade da escravidão de crianças e trabalhadores do Brasil está sendo iniciada na Suíça, com a participação da Comissão Pastoral da Terra, um dos órgãos ligados à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Mais de 40 mil brasileiros, entre os quais muitas crianças, estão condenadas atualmente a uma situação de “escravidão modera”. Por Dermi Azevedo.
Dermi Azevedo
Uma campanha mundial para denunciar a continuidade da escravidão de crianças e trabalhadores do Brasil está sendo iniciada na Suíça, com a participação da Comissão Pastoral da Terra (CPT), um dos órgãos ligados à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Os documentos básicos da campanha afirmam que, apesar da abolição da escravatura, em 1888, o Brasil continua a registrar novas formas de escravidão em que seres humanos trabalham em condições desumanas, em fazendas, minerações e fábricas clandestinas.

Mais de 40 mil brasileiros, entre os quais muitas crianças, estão condenadas atualmente a uma situação de “escravidão modera”. É grande o contingente de crianças trabalhadoras: para cada 10 crianças brasileiras, uma trabalha; são 866 mil crianças de 7 a 14 anos alistadas como trabalhadoras no Brasil. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho – OIT, esse número inclui apenas as crianças empregadas nas piores modalidades de trabalho infantil, tais como o trabalho escravo forçado, a venda e o tráfico de pessoas, as atividades ilícitas, tais como a produção e trafico de drogas, os trabalhos perigosos a saúde infantil (como o corte de cana e a fabricação de tijolos) entre outras atividades.

As estatísticas oficiais omitem, por exemplo, as prostitutas mirins e as milhares de crianças, geralmente meninas, que fazem trabalhos domésticos no Brasil. De acordo com o padre Xavier Plassat, um sacerdote dominicano que trabalha no Brasil há 22 anos – e que coordena a campanha internacional contra o trabalho escravo –, empregar crianças no trabalho doméstico, muitas vezes em idade bastante precoce, é uma prática muito comum e bem aceita no país. Apesar de prejudicar profundamente crianças e adolescentes, a carga de trabalho é muito pesada e a maioria das crianças não consegue frequentar a escola. Por outra parte, essa atividade acontece de forma escondida, tornando-se difícil vigiar e normatizar esse tipo de exploração da força de trabalho infanto-juvenil.

Saúde mental
Existem hoje, no Brasil, cerca de cem mil crianças de sete a dezoito anos abandonadas nas ruas das cidades médias e grandes; são obrigadas, pelas circunstâncias da vida, a ficar distantes do convívio familiar; sua rotina é a violência e a privação do acesso a condições dignas de vida. Pesquisa sobre a saúde mental de crianças e adolescentes, criadas em instituições sérias e respeitadas, verificou, em 2012, que essas crianças apresentavam um risco de transtornos psiquiátricos seis vezes maior em relação àquelas que viviam com suas famílias. A campanha mundial, cujo lema é “vigiar para evitar a escravidão”, tem apoio da ONG Brücke Le Pont.

Propostas
Além de fazer essas denúncias, a campanha apresenta diversas propostas para o enfrentamento desse problema. Em primeiro lugar, a realização de um estudo detalhado e multidimensional das situações que envolvem a infância e a adolescência, seja no Brasil, seja nos outros países do mundo, para efeito comparativo. Os coordenadores da campanha, Xavier Plassat e Marie-Leila Coussa, partem do pressuposto de que as crianças e os adolescentes submetidos ao trabalho escravo “não devem ser considerados apenas como vitimas passivas e beneficiarias de medidas voltadas para ajudá-las. Essa postura, além de ser pouco eficiente ao longo do tempo, tende a ser preconceituosa, mantendo os jovens como perpétuos marginalizados e perdedores; “crianças e adolescente estão em grave risco, mas a palavra risco guarda em seu significado a noção de ganho”.

domingo, 2 de junho de 2013

“Sai João Havelange entra João Saldanha”

O PCB soma esforços na campanha “Sai João Havelange entra João Saldanha”, pela troca de nome do Estádio Olímpico do Engenhão

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) se integra de forma militante à campanha para mudar o nome do Estádio de Futebol do Engenhão, até agora denominado João Havelange, para Estádio Olímpico João Saldanha.

O Nome de João Saldanha possui fortes laços com as lutas populares de nosso país, por uma prática esportista democrática e inclusiva, oposta ao que se desenvolve pelo Ministério dos Esportes nas gestões Lula / Dilma, e que se materializa também na figura de João Havelange, símbolo da "cartolagem" corrupta que se utiliza do esporte em benefício próprio.
Em um momento no qual o Brasil caminha lentamente para averiguar os crimes da ditadura no passado, tem forte caráter simbólico alterar o nome do estádio para personalidade diametralmente oposta, João Saldanha, não por acaso demitido da seleção brasileira justamente por Havelange, frequentador e "sócio" dos interesses da então ditadura militar.
Muito nos orgulha o fato de termos em João Saldanha um bravo camarada, que participou de nossas fileiras como ativo militante comunista desde os anos 1940 até sua morte, em 1990 - fator determinante, inclusive, para sua demissão por Havelange.
No dia 27 de Maio, o Partido Comunista Brasileiro participou do ato / debate na câmara dos vereadores do Rio de Janeiro sobre a mudança de nome do Estádio do Engenhão promovido pelos vereadores do PSOL Renato Cinco, Paulo Pinheiro e Eliomar. Através do Secretario Político do PCB RJ, Paulo Oliveira, foi entregue à família de Saldanha uma moção em homenagem ao jornalista, técnico de futebol, apaixonado por esporte e comunista João Saldanha, nossos eterno João Sem Medo.
Heitor Cesar Oliveira - Membro do CC do PCB
Paulo Oliveira - Secretario Político do PCB RJ