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sábado, 2 de março de 2013

Projetos de Eike dependem cada vez mais do BNDES

As empresas do amigo do ex-presidente Lula vão indo ladeira abaixo, mas não estão indo sozinhos. Junto ele leva o seu, o meu, o nosso dinheiro, através do BNDES.
Já Eike, pessoa física, certamente saberá se livrar da queda, até para pagar essa facilidade em se financiar pelo BNDES. Por enquanto ele desmente, mas veremos até quando. Veja a matéria do Valor Econômico:

 
Projetos de Eike dependem cada vez mais do BNDES - Valor Econômico
Desde a crise de 2008, captar recursos tornou-se uma operação mais difícil para o bilionário Eike Batista e seu rol de empresas X. O BNDES ganha cada vez mais importância no financiamento dos projetos. De 2006, quando sua primeira empresa foi listada na bolsa brasileira, a mineradora MMX, até o lançamento de ações do estaleiro OSX, em 2010, o empresário levantou R$ 13,6 bilhões em IPOs, conforme dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). De 2005 até agora, o empresário obteve R$ 10 bilhões do BNDES, com os maiores empréstimos ocorrendo a partir de 2009.A dependência de recursos oficiais pode aumentar. No momento, a MMX aguarda aprovação de financiamento de R$ 3 bilhões do BNDES para a expansão da mina de Serra Azul (MG). A operação está em análise no banco, última etapa antes da aprovação. A OSX, empresa de construção naval, também entrou com pedido para construção de plataforma de petróleo.
 
Há um mês, quando Eike Batista manifestou o desejo de fechar o capital da CCX Carvão da Colômbia com pagamento por meio de ações de empresas do grupo EBX, em vez de dinheiro, a intenção foi vista pelo mercado como sinal de que ele enfrenta dificuldades para obter crédito.
 
As cinco empresas de capital aberto da holding EBX (MMX, OGX, MPX, LLX e OSX) tinham dívida líquida consolidada de R$ 15,8 bilhões, pelos balanços do terceiro e do quarto trimestres de 2012, segundo o Valor Data. A posição do caixa no fim de 2012 era de R$ 8,3 bilhões. O valor de todas essas ações está abaixo de quando estrearam em bolsa. Uma preocupação no mercado é que o empresário teria contraído empréstimos como pessoa física nos bancos privados e dado ações de suas empresas em garantia. Diante das quedas de sua blue chip – só em 2012 a OGX desvalorizou 67,84% -, ele teria renegociado as garantias, mas estaria difícil conseguir novas linhas.
 
Procurado, Eike Batista não se manifestou. Por e-mail, o grupo EBX informou estar “capitalizado, com recursos suficientes para garantir a execução dos projetos desenvolvidos” e com “funding substancialmente equacionado para os próximos anos”. Fonte do BNDES diz que o empresário tem ativos para vender e pagar seus empréstimos, o que já começou a fazer.

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