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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Direção do Banco do Brasil volta a praticar ações antissindicais contra grevistas


Como forma de pressão e ameaça, a direção do Banco do Brasil tem enviado carta aos funcionários que aderiram ao movimento grevista cobrando o compromisso individual de compensação das horas não trabalhadas durante o período de mobilização, em total desacordo com a Convenção Coletiva de Trabalho assinada com a Fenaban. No documento enviado aos trabalhadores, o banco sugere a obrigatoriedade da compensação de horas e o cumprimento integral das horas devidas.


E essa não é a primeira tentativa da direção do BB de constranger os funcionários e fazê-los cumprir, irregularmente, as horas de greve. Num primeiro momento, o Banco do Brasil chegou a criar uma instrução normativa específica (IN 361) para o cumprimento das horas. Depois, fizeram uma primeira convocação. Agora querem que os funcionários assinem um documento se comprometendo a cumprir todas as horas.


O Sindicato orienta que os bancários não assinem o documento, já que a compensação de horas é regulamentada pela CCT, sendo descabida qualquer forma de cobrança que não esteja prevista no Acordo.


“A carta está sendo utilizada como instrumento de pressão contra os bancários e, sobretudo, como forma de enfraquecer a mobilização da categoria e a luta coletiva. É uma retaliação em função da grande adesão à greve e da força de mobilização da categoria. Não devemos ceder a esse tipo de pressão”, afirma Maristela Corrêa, diretora do Sindicato dos Bancários/ES.
 

Os trabalhadores que forem orientados a assinar o documento sob ameaça ou pressão devem denunciar imediatamente ao Sindicato, para que este tome as medidas cabíveis.


“Não aceitaremos nenhum tipo de perseguição, retaliação ou prática que coíba a organização política e atuação sindical dos trabalhadores. O Acordo coletivo de trabalho é um documento de reconhecimento legal, que deve ser respeitado pelo banco. Essa prática autoritária e antidemocrática da direção do BB é inaceitável”, ressalta a diretora.


Maristela ainda questiona se os diretores da área de Gestão de Pessoas não têm outra tarefa ou outros compromissos além de pressionar os trabalhadores, como por exemplo, acompanhar e verificar as condições de trabalho no Banco do Brasil, apurar o nível de adoecimento e insatisfação dos bancários e tomar as devidas providências. “Essas pessoas ganham comissões muito altas para fazer gestão de pessoas usando apenas o chicote”, finaliza.


28 de novembro é dia de luta(o)
No dia 28 de novembro, todos os funcionários do BB estão convocados a vestirem preto como forma de protesto contra as ações antissindicais da instituição. Não vamos nos calar diante de mais essa tentativa de retirada de direitos. De luto, vamos à luta!
 
Fonte: SEEB/ES

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